MPL realiza Semana Nacional de Luta pelo Passe Livre
O Movimento Passe Livre (MPL) vai realizar, na última semana de outubro, atos por todo o Brasil para reivindicar a tarifa zero dos transportes públicos. O dia 26 marca uma das lutas que deu origem ao MPL, a Revolta da Catraca de 2004, em Florianópolis. A Semana Nacional de Luta pelo Passe Livre, como é chamada pelo movimento, vai ocorrer em diversas cidades brasileiras.
Publicado 09/10/2013 11:53
“É preciso manter viva a memória para sempre lembrar que nossa luta não começou agora, e que só vai terminar com o fim de todas as catracas”, diz nota do movimento.
Em São Paulo, o ato será no dia 25, com concentração às 17h em frente ao Teatro Municipal. Em evento criado no Facebook, centenas de pessoas já confirmaram presença.
O MPL reivindica que “agora só faltam os 3 reais”, em referência à luta principal do movimento, que é a tarifa zero. “Se antes eles diziam que baixar a passagem era impossível, a revolta do povo provou que não é. Se agora eles dizem que tarifa zero é impossível, nossa luta provará que eles estão errados”, diz o movimento.
Em junho, após intensas mobilizações em São Paulo, o prefeito da capital Fernando Haddad (PT), e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), revogaram o aumento das tarifas de ônibus, trem e metrô. Além de São Paulo, outras cinco capitais também diminuíram o valor das passagens, depois das mobilizações populares.
Aumento do IPTU e demissões
Sob o pretexto de manter o preço das tarifas a R$ 3, a prefeitura de São Paulo e o governo do estado anunciaram duas medidas para subsidiar o transporte público. Haddad disse que irá aumentar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), e o secretário estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, afirmou que o Metrô irá propor programas de demissão voluntária (PDVs) e antecipações de aposentadorias de trabalhadores do setor administrativo.
O Projeto de Orçamento da prefeitura prevê aumento do imposto, calculado em mais de 1 milhão de imóveis que terão reajuste entre 20% e 30% a partir de 2014.
Em relação ao programa de demissões, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo reagiu com indignação às declarações do governo. Dirigentes prometem se mobilizar contra a medida.
Fonte: Brasil de Fato