Marina e Campos fazem aliança para combater forças progressistas
"A retórica de Marina Silva revelou a tentativa de aparecer como vítima. Como não passa de uma jogada publicitária a imagem que a ex-senadora tenta fixar de que ela é uma política 'diferente' dos políticos 'tradicionais'", afirmou José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho, ao refletir sobre o anúncio da filiação da ex-senadora Marina Silva ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Publicado 07/10/2013 11:37
Sobre a afirmação da ex-senadora de que pretende "eliminar o chavismo do PT", o editor destacou que "a dupla Marina Silva-Eduardo Campos traça uma linha demarcatória em que aparece objetivamente alinhada com as forças reacionárias. Formam, assim, um polo antiprogressista".
Segundo ele, "o 'antichavismo' corresponde ao que foi na época da guerra fria o anticomunismo, ou seja, a oposição ao que é progressista e revolucionário na luta política. É por meio do 'antichavismo' que se expressa hoje a política do imperialismo estadunidense e das classes dominantes retrógradas em toda a América Latina. É com a bandeira do 'antichavismo' que investem contra a democratização profunda da vida política, o protagonismo das massas populares, o patriotismo anti-imperialista, as políticas de desenvolvimento, as iniciativas de caráter social, a luta pela afirmação da soberania nacional e os esforços pela integração entre nações e povos em luta por sua emancipação".
José Reinaldo Carvalho ainda pontuou que "o novo quadro político que se forma a partir da filiação de Marina Silva ao PSB deve ser corretamente interpretado pelas forças da esquerda consequente e requer novas propostas políticas com alcance eleitoral e para além das eleições de 2014. Mais do que nunca, é necessário avançar para a criação de uma frente de esquerda que reúna partidos políticos, movimentos sociais e personalidades progressistas e patrióticas, para levar adiante uma plataforma de mudanças estruturais no país".
Ouça na Rádio Vermelho a íntegra da reflexão: