Comunidade latino-americana recusa medidas contra migrantes
A Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) recusou nesta quinta-feira (3), nas Nações Unidas, a adoção de regulações e medidas que criminalizam os migrantes. O bloco de 33 países, presidido temporariamente por Cuba, interveio através de seu representante permanente na Organização das Nações Unidas (ONU), Rodolfo Reyes, no Diálogo sobre Migração e Desenvolvimento.
Publicado 04/10/2013 11:07
Reyes reiterou o chamado da Celac a todos os estados membros das Nações Unidas a pôr fim aos excessivos períodos de detenção de migrantes que não cometeram nenhum crime. Além disso, na inauguração do foro de dois dias, pediu o respeito incondicional da dignidade, os direitos humanos e as liberdades fundamentais destas pessoas, independentemente de sua condição migratória.
Em outro momento da intervenção, o embaixador cubano fez questão de expor suas preocupações pela deterioração das condições de vida e de trabalho dos migrantes e seus familiares, bem como a ausência de garantias para seus direitos básicos.
“Esta situação tem piorado com a crise econômica, financeira e ambiental em curso”, assinalou ele, em nome dos países da Celac.
Por outra parte, a Comunidade ressaltou a importância de incluir a questão migratória na agenda de desenvolvimento pós-2015 que perfila a ONU, ao cumprir nesse ano o limite fixado na chamada Cúpula do Milênio de Nova York, em 2000, para atingir oito objetivos contra a pobreza e a favor da inclusão social.
O Diálogo de Alto Nível de dois dias aconteceu após a 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, com o propósito de discutir medidas concretas para que se potenciem os benefícios da migração e se reduzam seus envolvimentos negativos.
Da Redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina