USP pede reintegração de posse de reitoria ocupada por alunos
A Universidade de São Paulo (USP) entrou na Justiça com pedido de reintegração de posse do prédio da reitoria, ocupado por estudantes desde terça-feira (1º). O pedido foi entregue na tarde de quarta (2) na 12ª Vara da Fazenda de São Paulo e encaminhado para a juíza Paula Micheletto Cometti.
Publicado 03/10/2013 15:02
Assembleia Unificada dos cursos de História e de Geografia no Vão Livre da FFLCH/foto: DCE Livre da USP
Durante a quarta-feira (2) diversos cursos como Comunicação – Escola de Comunicação (ECA) -, Letras, Farmácia, Geografia, História e Ciências Socias – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) – referendaram a greve da USP.
Os estudantes, que estão em greve, reivindicam eleições diretas para reitor, com votação paritária entre as três categorias (alunos, funcionários e professores) e o fim da lista tríplice de candidatos ao cargo. Atualmente, o reitor é o mais votado dos três candidatos dessa lista.
"Como pode Rodas querer reintegrar a reitoria da USP, com base na força, sem antes dialogar com todos? Irá Alckmin novamente colocar em ação sua truculenta Tropa de Choque da Polícia Militar, como fez em junho nas ruas de São Paulo, despertando a indignação de toda sociedade? Exigimos diálogo!", afirma o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP nas redes sociais.
De acordo com os estudantes, pelo atual modelo de eleições, menos de 1% da comunidade universitária participa da escolha do reitor. Segundo a USP, porém, o próximo reitor será escolhido por uma assembleia constituída por membros do Conselho Universitário, dos conselhos centrais, das congregações das unidades e dos conselhos deliberativos dos museus e institutos especializados, que correspondem a mais de 2 mil representantes da comunidade universitária.
Ontem, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) manifestou, por meio de nota, apoio à greve e à ocupação da reitoria pelos alunos. A ocupação de terça-feira ocorreu após uma reunião do Conselho Universitário, em que professores, funcionários e estudantes entregaram uma proposta de eleição direta. Como a sugestão foi derrotada, os alunos decidiram ocupar o prédio. Eles disseram que permanecerão na reitoria até que as reivindicações sejam atendidas.
Com informações da Agência Brasil