Bienal de Arte recebe obras que passaram por edições anteriores

Em São Paulo, a mostra "30 x Bienal" reúne obras de 111 artistas brasileiros que participaram das 30 edições da Bienal de Arte de São Paulo.

Sessenta anos de arte nos contemplam. A escultura O impossível, de Maria Martins está de volta a Bienal depois de ter sido exposta em gesso na primeira mostra de São Paulo em 1951.

O aparelho cinecromático de Abraham Palatnik não conseguiu participar da primeira exposição porque não sabiam como classificá-lo, só entrou na segunda Bienal em 53, e como pintura.
Anna Maria Maiolino aos setenta e um anos olha para as gravuras que fez aos 27, em plena ditadura militar.

“Mesmo quando a arte é política, ela deixa de ser panfleto, porque é vivido emocionalmente em pele própria. Então não é propaganda. é uma emoção expressa”, disse Anna Maria Maiolino, artista. 

Marcelo Nitzsche em 67 deixava uma bolha no meio do caminho que crescia em busca de mais liberdade. Antonio Manuel em 68 mostrava que o protesto estava vivo, mesmo debaixo dos panos.

A Bienal de 69 foi a do boicote, os artistas estrangeiros se recusaram a participar por causa da ditadura. Foi feita apenas com obras de brasileiros.

A instalação de Mira Schendel foi uma delas. Fios e luz. Uma chuva no fim da tarde. Um céu brilhante sobre nossas cabeças. Se a gente observar, as coisas acontecem. Se a gente não observar elas não acontecem.

Nos anos 1980 a pintura volta a ganhar espaço. A 18ª Bienal de 85 ficou conhecida como A grande tela.

“Eu fiz essa exposição pensando também no público, não no publico especializado, mas no público leigo. porque a bienal foi o evento que deu uma dimensão publica as artes plástica no Brasil”, afirmou Paulo Venâncio Filho, curador da Exposição 30 x Bienal.

A exposição pode ser vista até o começo de dezembro, no prédio da Bienal, que fica no Parque do Ibirapuera. E a entrada é gratuita.

Serviço
Fundação Bienal de São Paulo
Parque Ibirapuera (portão 3)
Até 8 de dezembro
Dias: terça, quinta, sábado, domingo e feriados: das 9h às 19h; quartas e sextas: das 9h às 22h

Fonte: Agências e Ascom da Bienal