Vanessa fala sobre trabalhos iniciais da CPI da Espionagem
Após uma série de denúncias de espionagem dos Estados Unidos sobre o governo brasileiro, foi instalada a Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) da espionagem pelo senado, tendo como presidente a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que respondeu a três perguntas feitas pela Arko-Infolatam sobre os trabalhos da Comissão.
Publicado 27/09/2013 16:02
Arko-Infolatam: Senadora, quais são suas expectativas em relação a CPI da Espionagem?
Vanessa Grazziotin: Esperamos esclarecer as graves denúncias publicadas na imprensa e também apontar os marcos legais e orçamentários para que nosso país possa se proteger das ações ilegais de espionagem.
Arko-Infolatam: Recentemente, foram reveladas denúncias de espionagem contra altos integrantes do governo brasileiro, inclusive a presidente Dilma Rousseff. Logo em seguida, surgiram denúncias sobre espionagem americana na Petrobras. No seu entendimento, há mais interesses políticos, econômicos ou ambos nesse embaraçoso episódio?
VG: Sem dúvida nenhuma há muitos interesses envolvidos. Principalmente ações de espionagem industrial e comercial, pois o Brasil não tem como ser classificado como um país de suporte a atividades terroristas. Fica claro a cada dia, que as ações da NSA são movidas por outros interesses.
Arko-Infolatam: Senadora, como a senhora considera a postura dos Estados Unidos da América de colocar outros assuntos, de sua agenda internacional, como prioridade e deixando o caso da espionagem em segundo plano?
VG: Eles tem fugido deste tema, colocando em risco as relações com a comunidade internacional. O fato da presidenta Dilma ter adiado a visita de Estado, é apenas um dos momentos de constrangimento diplomático que os Estados Unidos vão enfrentar até que decidam dialogar de forma produtiva com os demais países.
Fonte: Arko-Infolatam