Victor Nobre: Uma nova política de quadros
Começando a análise do sistema de quadros para a contemporaneidade, fica clara a necessidade de aumentar a capacidade do Partido de ter em seu seio um maior número de pessoas habilitadas na temática marxista-leninista.
Por Víctor Miguél Nobre*
Publicado 25/09/2013 12:31 | Editado 13/12/2019 03:30
Partindo desta, os cursos são o passaporte inicial para estes novos filiados chegarem à condição de militantes da causa revolucionaria, logo após os mesmos passarão conforme seu desempenho prático a condição de quadros do partido. Estes se dividirão em graus de maior ou menor envergadura.
O nosso entendimento é da necessidade de estimular os novos filiados a uma participação mais ativa e efetiva ocupando todos os espaços possíveis, desde os ditos menos importantes aos mais elevados sem perderem o vinculo com as massas. Aqui para mim começa o x da questão. Manter os critérios Leninistas para a seleção de quadros e qualificar esta seleção para nova etapa do processo revolucionário.
Em minha ótica fica claro a necessidade de se implementar uma concepção de maior responsabilidade, em todos atos. Manter horários de reuniões, ser dedicado à causa da classe operária, e ser fiel e sincero ao partido. O método que proponho ser intensificado, quantitativamente e qualitativamente é a prática efetiva da crítica e autocrítica em todas as reuniões culminando com cada individuo realizando toda noite sua própria autocrítica aí sim, teremos alguém incorporado ao espírito de mudanças que se fazem necessário a fim de elevar o grau de compreensão do próprio individuo, trazendo grandes e definitivas conquistas para o partido.
Proponho a criação de um artigo próprio para a pratica da critica e autocrítica, ou destacar melhor o item (d) do artigo sexto do presente estatuto. Oferecendo assim uma melhor visualização da necessidade prática da crítica e autocrítica. Este estímulo elevará o grau de comprometimento do individuo com a causa e o Partido, vejam um dirigente estadual ou nacional chegando a uma reunião partidária e fazendo uma autocrítica (ex: por demorar ter vindo aquele município) seu exemplo ficará na memória e ajudará nesta prática que vem sendo colocadas de lado, em varias estâncias partidárias. E desconhecida por muitos membros de diretórios municipais e de bases.
Com uma concepção autocrítica bem definida o individuo consegue perceber a necessidade de um maior aprofundamento teórico marxista e cultural, culminando com um engajamento maior nos estudos políticos, e enriquecimento da própria vida familiar, profissional e social, logo alguém mais preparado e disposto a atuar diariamente, nos embates do partido. Tenho a compreensão clara que não apenas, a crítica e a autocrítica resolverão todos os problemas, mas com certeza ajudarão em muito, na melhora de nossos quadros. Sempre é bom lembrar que a prática da crítica e autocrítica leva a colhermos bons frutos no terreno de quadros, sejam com a correção de postura ou na própria seleção de quadros, onde se podem notar diferenças entre palavra e pratica.
Cabe salientar que todos partidos que se afastaram da metodologia leninista fracassaram, tornando-se meros colaboradores da política burguesa, nesta lógica manter os critérios leninistas significa avançar no tempo e ocupar espaço.
*Victor Miguél Nobre é militante do PCdoB do Rio Grande do Sul.