Venezuela denuncia EUA por recusar sobrevoo de Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quinta-feira (19) que os EUA negaram a passagem de seu avião pelo espaço aéreo de Porto Rico. Maduro viajava para a China, para uma visita oficial e afirmou que o incidente não atrapalhará seus objetivos. 

Maduro

Em um discurso para a televisão estatal, Maduro falou sobre o fechamento do espaço aéreo caribenho pelos EUA, que impediram o avião presidencial de seguir viagem para a China.

“O governo dos Estados Unidos nos negou o sobrevoou pela rota do Caribe, pelo território de Porto Rico”, disse o mandatário venezuelano. “Se tenho que tomar medidas diplomáticas contra o governo dos Estados Unidos, tomarei”, afirmou.

Pouco antes do pronunciamento do presidente, Elías Jaua, chanceler venezuelano lamentou o incidente ao sair de uma reunião com o chanceler da África do Sul.

“Denunciamos isso como mais uma agressão do imperialismo norte-americano contra o governo da República Bolivariana. Ninguém pode negar o sobrevoo a um avião que transporta um presidente em uma viagem internacional de compromissos do Estado, não há um argumento válido”, disse Jaua que classificou a atitude como “um erro de subalternos”.

Em seu discurso, o presidente venezuelano afirmou ainda que a negativa dos EUA pode estar relacionada ao fato de que utilizava aeronave da “Cubana de Aviación”. Como é sabido, Cuba sofre um bloqueio do país dirigido por Barack Obama.

Até o momento, o governo dos EUA não se pronunciou sobre o assunto, mas uma fonte do departamento de Estado norte-americano disse à rede de notícias CNN, que as acusações não são certas e que os venezuelanos têm permissão para transitar pelo espaço aéreo estadunidense.

Maduro segue nesta sexta-feira (20) para visita oficial de 12 dias à China, utilizando uma rota mais longa. Neste fim de semana o venezuelano irá se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, para tratar da cooperação bilateral e o futuro das relações.

O caso de fechamento do espaço aéreo ocorre quase três meses depois de vários países europeus terem negado a utilização de seu espaço aéreo ao presidente da Bolívia, Evo Morales.

Da redação do Vermelho