Bancários da Bahia entram em greve na quinta-feira
Diante dos 6,1%, que mal repõem nem a inflação do período (6,091%), oferecidos como reajuste salarial e da negação de diversos itens econômicos e sociais, os bancários da Bahia decidiram aderir ao movimento nacional e cruzar os braços, a partir de quinta (19/09), para forçar a flexibilização dos banqueiros na negociação. Na quarta (18/09), a categoria volta a se reunir em assembleia, às 18h, no Ginásio de Esporte do Sindicato, Centro de Salvador, para deflagrar greve por tempo indeterminado.
Publicado 17/09/2013 12:14 | Editado 04/03/2020 16:16
Os bancários reivindicam 11,93% de aumento salarial, com aumento real, piso de R$ 2.860,21 e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de cinco salários mais R$ 5.553,15, além de valorização e melhores condições de trabalho, que incluem fim das metas e do assédio moral e mais segurança. Outra exigência da categoria é a cota de 20% de negros nas contratações.
De acordo com o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, mais uma vez, os banqueiros levaram a categoria radicalizar e iniciar uma paralisação. “Estamos lutando não apenas por reajuste, mas por melhores condições de trabalho e atendimento ao público”. O presidente do SBBA, Euclides Fagundes Neves, reforça. “Estamos preparados. Será uma greve forte e combativa. Não vamos aceitar esta proposta indecente da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”.
Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a proposta dos banqueiros está longe da capacidade das organizações financeiras, já que o setor financeiro é o mais rentável da economia nacional e a lucratividade bilionária anual permite um acordo bem mais justo. Inclusive, uma melhor distribuição dos resultados ajuda, não só a melhorar o emprego, mas a qualidade de vida dos trabalhadores e o desenvolvimento do país.
De Salvador,
Maiana Brito, com ascom SBBA