ANP descarta espionagem sobre petróleo brasileiro
Em audiência na CPI da Espionagem, na manhã desta terça-feira (17), a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, disse aos senadores que para roubar as informações do setor seria preciso "um espião paranormal", pois o banco de dados de exploração e produção de óleo e gás natural brasileiros não está ligado à internet. “Podem ficar tranquilos, pois não é possível espionar o banco por meio da rede mundial de computadores”, afirmou.
Publicado 17/09/2013 14:55
Magda Chambriard foi a primeira pessoa a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito formada no Senado para apurar as denúncias de espionagem praticada pelo governo dos Estados Unidos no Brasil.
A dirigente da ANP foi questionada sobre um possível monitoramento feito pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency – NSA) na Petrobras. Os senadores queriam saber se houve comprometimento, devido à espionagem, da lisura do leilão para exploração do Campo de Libra, na Bacia de Santos, marcado para 21 de outubro.
Esse é um dos principais campos petrolíferos da camada pré-sal no Brasil, que tem potencial estimado entre 26 bilhões a 42 bilhões de barris de petróleo, cujo valor poderá ultrapassar US$ 1 trilhão.
Segundo Magda Chambriard, os dados da Petrobras estão guardados em um dos maiores bancos de dados relativos ao setor petrolífero do mundo e funciona na Urca, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, afastado da sede principal da ANP, que fica no Centro da cidade. Além disso, segundo ela, o banco conta com uma sala-cofre a prova de balas, incêndio e protegida de outras ameaças.
“O acervo é imenso. São dados geológicos, sísmicos, físicos, perfis de poços, testes de poços e amostras. O que tem hoje equivale a 60 milhões de gaveteiros cheios de informações. Ou algo igual a 20 bilhões de fotografias digitais de alta resolução”, exemplificou.
Da Redação em Brasília
Com Agência Senado