Anonymous são desmascarados em novo vídeo
Enquanto movimentos da sociedade civil lutam pela aprovação do Marco Civil da Internet, que obtiveram na noite de segunda (16) o apoio da presidenta Dilma, um vídeo divulgado no Youtube pelo canal Anonymous convoca a sociedade contra a aprovação da lei e ainda chama a população para ir às ruas no dia 27 de setembro.
Publicado 17/09/2013 17:10
Reprodução de vídeo divulgado no Youtube
As imagens e todo o script vão na contramão da luta da sociedade civil pela aprovação da lei, que garante neutralidade da rede e privacidade do internauta. “Marco Civil é um atentado à liberdade de expressão. Censura está sendo imposta pelo governo, o chamado Marco Civil da Internet. Acorde e lute contra isso. Mais uma lei que vai tentar censurar os internautas de mostrar as mentiras do sistema”, diz o personagem no vídeo usando a máscara do personagem Guy Fawkes.
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Para o ciberativista e consultor em mídias digitais João Carlos Caribé, a não aprovação do Marco Civil só interessa aos “grupos de telecomunicação e aos grandes escritórios de advocacia que lucram com os direitos autorais”.
“Está na cara que o Anonymous no Brasil é a direita mascarada, quem conhece o Anonymous internacional sabe que eles têm uma postura mais progressista”, diz Caribé. Para ele, os representantes brasileiros estão desacreditados e ele acha difícil campanhas como essa colarem na rede.
O projeto de lei do Marco Civil (PL 2126/11) está para ser votado na Câmara dos Deputados e busca garantir que a internet continue funcionando como é hoje, mantendo a neutralidade da rede, que obriga os pacotes de dados a serem tratados de forma isonômica, sem distinção por conteúdo, origem, destino ou serviço. O texto final do projeto foi construído com participação da sociedade com consulta e audiências públicas.
Na quarta-feira (11), foi publicado no Diário Oficial da União o pedido de urgência constitucional da Presidência da República para sua tramitação na Câmara dos Deputados. Dessa forma, o projeto deverá ser votado em até 45 dias pelos deputados, a partir do momento que a mensagem da Presidência da República for publicada no Diário Oficial da Câmara, o que ocorreu na quinta-feira (12). Após ser votado na Câmara, o projeto seguirá para o Senado, que terá também 45 dias para discutir e votar o texto.
Com Revista Forum