Carteiros em greve fazem ato no vão livre do Masp nesta quinta
Os trabalhadores dos Correios cruzaram os braços desde às 22 horas de quarta-feira (11) para reivindicar reajuste salarial de 6,8%, 6% de aumento real e 10% reajuste no piso salarial. Cerca de 70% da categoria aderiu à greve. Em assembleia na noite de quarta (10), pelo menos três mil carteiros rejeitaram a proposta patronal de 5,27%. Nesta quinta (12), haverá protesto no vão livre do Masp, em São Paulo, às 14h, e nova rodada de negociação com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
Publicado 12/09/2013 11:34
Assembleia de trabalhadores na noite de quarta (11) / Foto: CTB-divulgação
“Só de assinatura que eu recolhi foram uns 2.800 trabalhadores na assembleia. E a ideia é uma forte mobilização para o ato de hoje[quinta]. Vamos levar filhos, gato, cachorro, periquito e papagaio. A família toda vai junto. Vamos para cima e esperamos uma proposta decente da empresa", declarou ao Vermelho o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos de São Paulo (Sintect-SP), Elias Cesário, o Diviza, que participa de uma reunião às 15 horas em Brasília com a ECT e outros sindicatos da categoria.
No total, 11 sindicatos mobilizam os trabalhadores. Aderiram os Sindicatos dos Correios Unificados (São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins e Rio Grande do Norte), organizados na Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect). Além disso, também aderiram à paralisação entidades sindicais da Paraíba, Vale do Paraíba, Pernambuco, São José dos Campos, Rio Grande do Sul e Roraima, que agregam cerca de 56 mil trabalhadores.
A assembleia ocorreu no CMTC Clube (na Avenida Cruzeiro do Sul, 808, próximo ao metrô Armênia). Além do reajuste salarial e de melhorias das condições de trabalho a categoria também reivindica:
-Vale alimentação no valor de R$ 35,00 e vale cesta no valor de R$ 342,05;
-Aumento do reembolso creche – babá para R$ 500,00;
-Auxílio para dependentes de Cuidados Especiais para, no mínimo R$ 850,00.
– Manutenção do Convênio Médico Correios Saúde, com qualidade no atendimento. A ECT quer substituí-lo por empresa terceirizada chamada Postal Saúde;
– Fim do excesso de serviço e contratações;
– Mais segurança contra assaltos nos Correios.
Deborah Moreira
Da redação Vermelho