Soldados gregos se recusam a lutar contra a Síria
Segundo informações divulgadas em La Mancha Obrera, “Os soldados gregos não se converterão em carne de canhão dos monopólios que desencadeiam suas guerras para aumentar suas ganancias”, assim diz uma das três cartas públicas divulgadas nesta semana pelos soldados gregos em serviço militar.
Publicado 06/09/2013 16:02
Para os militares do campo Vertsonis, na ilha de Lemnos, “os jovens soldados da Grécia não têm nenhum interesse nas guerras do imperialismo” e ainda “não têm nada em comum com os ‘aliados’ do país que cria a pobreza e a imigração”.
De acordo com o documento, eles expressam o repúdio ao ataque estadunidense, principalmente porque “os ganhadores serão as grandes empresas que realizam investimentos na região”.
Já os soldados do esquadrão 193, Multiple Rocket Launcher, na cidade de Cavala, expõem em outra carta que enxergam “com horror a preparação de um novo crime contra o povo sírio, sob o pretexto da utilização de armas químicas com a finalidade de colocar as mãos nas riquezas da rota do petróleo, sem preocupa-se com os direitos humanos e com a paz”.
Eles dizem ainda que essa é “exatamente a mesma desculpa que usaram há alguns anos para o derramamento de sangue do povo iraquiano”.
Da mesma forma, os militares do esquadrão da 20ª Divisão Blindada declararam a “oposição inequívoca a iminente agressão militar contra a Síria, assim como a participação de todos os países na mesma”.
“Em todas as guerras lideradas por imperialistas, são usados diversos pretextos para ocultar a verdade”, publicaram os soldados que afirmaram estar unidos ao movimento popular contra a guerra imperialista.
Théa Rodrigues, da redação do Vermelho,
Com informações de La Mancha Obrera