Talibã ataca base militar dos Estados Unidos no Afeganistão
Uma base militar estadunidense localizada no leste do Afeganistão (perto da fronteira com o Paquistão) foi atacada nesta segunda-feira (2) por membros do grupo Talibã. Nos enfrentamentos seguintes, três deles perderam a vida. Os ataques contra as forças estrangeiras têm sido relatados frequentemente, em manifestações contrárias à presença militar no país.
Publicado 02/09/2013 11:12
De acordo com fontes locais, depois de uma base ter sido alvo de várias explosões, em que 70 caminhões-tanque ficaram destruídos, confrontos seguiram-se entre as forças estrangeiras e os talibãs, que se vestiram com uniformes da polícia afegã fronteiriça.
Ahmad Zia Abdullzai, porta-voz do governador da província, além de confirmar a notícia, informou que todos os combatentes morreram.
Oficiais dos Estados Unidos e do Afeganistão ainda não comentaram a notícia sobre o ataque à base norte-americana, considerada a segunda maior no país.
Por outro lado, a Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) publicou um comunicado em que confirma “uma série de explosões” no local, em que segundo a aliança atlântica, não foram registradas vítimas fatais, até o momento, entre os soldados estrangeiros.
“Três forças inimigas morreram. Podemos confirmar que nenhum membro da Otan faleceu como resultado do incidente. Estamos avaliando a situação e publicaremos mais informações quando possível”, afirma o comunicado.
O porta-voz do Talibã, Zabihullah Muyahid, admitiu a responsabilidade pelo ataque à base usada pelas forças estrangeiras, lideradas pelos Estados Unidos, para transportar equipamento militar desde o Paquistão para o Afeganistão.
Os membros do Talibã comprometeram-se a usar todos os meios a disposição para causar sérios danos às forças estrangeiras e afegãs, e um exemplo disso é o fato de que, apenas neste ano, 120 soldados do exterior perderam a vida, a maioria dos quais era de estadunidenses.
Além disso, neste domingo (1º/9), outro ataque aéreo da Otan deixou 16 afegãos mortos, na província oriental de Paktia, em que fontes locais classificaram as vítimas de membros do Talibã. Também na passada sexta-feira (30/8), ao menos 323 pessoas morreram quando a força aérea estrangeira fez ataques separados na província de Helmand, no sul, em outro dos eventos denunciados pelas autoridades e por civis afegãos contra a atuação militar no país.
O presidente Hamid Karzai tem questionado reiteradamente a legalidade dos ataques aéreos e, em numerosas ocasiões, pediu a Washington que detivesse as operações. Além disso, Karzai também declarou não ter “pressa” em assinar o acordo em que permite a permanência de tropas estadunidenses no país após a retirada prevista para 2014.
Fonte: HispanTV
Tradução da redação do Vermelho