Segundo ato contra monopólio da mídia tem escracho em todo o país

O 2º ato contra o monopólio da mídia reuniu 600 pessoas em protesto na frente da Rede Globo, no Brooklin, em São Paulo, na noite de sexta-feira (30). Também ocorreram atos em Belém, João Pessoa, Rio de Janeiro, Salvador e Santa Maria (RS). Escrachos foram ponto alto das manifestações.


Na caminhada pela Luís Carlos Berrini manifestantes estenderam faixas no viaduto / Fotos: Deborah Moreira

A manifestação foi organizada por movimentos de juventude, de mulheres e de democratização da comunicação, como o Levante Popular da Juventude, a Marcha Mundial das Mulheres, o Coletivo Intervozes e o Centro de Estudos Barão de Itararé, além de coletivos de arte como o Ocupe a Mídia. Cerca de 40 adeptos do Black Bloc participaram do protesto.

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“Devolvemos à Globo a merda que a emissora joga para o povo brasileiro todo dia em seus jornais”, disse Juliane Furno, militante do Levante Popular da Juventude, que organizou uma série de intervenções no protesto.

Duas faixas com as expressões “Fora Globo” e “Abaixo a Mídia Machista” foram jogadas da Ponte Estaiada (foto acima).


Na concentração, na Praça General Gentil Falcão, uma faixa feita exclusivamente para o ato

Os manifestantes protestaram contra o monopólio no sistema de comunicação eletrônico (TV e rádio), cobraram o cumprimento da Constituição que proíbe concessões a políticos e defenderam a democratização da mídia.


Por volta das 20h30, o grupo ocupou duas das faixas da marginal Pinheiros

“A Globo é o símbolo da ditadura da comunicação. Os nossos protestos contra a Rede Globo colocam em pauta a necessidade da democratização da comunicação, para acabar com os monopólios da informação e da cultura”, disse Thiago Pará Wender, diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE).

“A sonegação de impostos da Globo deixa claro que o ‘Criança Esperança’ é uma hipocrisia. A Globo é uma empresa corrupta, desviou mais de R$ 600 milhões do país, ao deixar de pagar impostos e multas. Se ela quisesse mesmo ajudar as crianças, a primeira atitude era pagar em dia seus impostos”, denunciou Juliane.

A placa da ponte Octávio Frias de Oliveira foi rebatizada pela segunda vez com o nome de Vladimir Herzog, em homenagem ao jornalista que foi torturado até a morte no DOI-CODI em São Paulo, em 1975, pelo regime militar. Frias de Oliveira foi fundador do Grupo Folha, acusado de contribuir com a repressão durante da ditadura.


Ação em placa da ponte estaiada / Montagem Ocupe a Mídia

Os jovens saíram em marcha da Praça General Gentil Falcão em torno das 20h, passou pela Rede Globo e retornou ao local da concentração. O protesto terminou às 22h e não houve conflitos com a Polícia Militar.

A manifestação foi organizada por movimentos de juventude, de mulheres e de democratização da comunicação, como o Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial das Mulheres, o Coletivo Intervozes e o Centro de Estudos Barão de Itararé, além de coletivos de arte como o Ocupe a Mídia.

Escrachos

Fachada da Globo em São paulo

O escracho foi o ponto alto das manifestações desta vez. Em São Paulo, dezenas de jovens jogaram fezes de cavalo na fachada da empresa. No Rio de Janeiro e em Santa Maria grupos de manifestantes jogaram lixo na porta da emissora sob o argumento: "O lixo que a gente vê, a gente devolve pra você".

Vídeos:

São Paulo

Rio de Janeiro

Com informações do Levante Popular da Juventude