Para setembro: EUA já estão preparados para atacar

Os Estados Unidos estão prontos para uma intervenção militar na Síria, declarou neste sábado (31) o presidente estadunidense Barack Obama, em pronunciamento na Casa Branca.

"Nossa capacidade de executar essa missão não é sensível ao tempo; será eficaz amanhã, na próxima semana ou daqui a um mês. E eu estou preparado para dar essa ordem". Obama espera somente o aval do Congresso americano, que está em recesso até 9 de setembro.

Obama disse que não espera a concordância de todos os países com a ação militar na Síria, mas pediu que aqueles que estiverem de acordo declarem isso publicamente. Ele afirmou que tomará a decisão mesmo sem aprovação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Obama reforçou sem apresentar provas que considera o governo sírio responsável pelo ataque ao seu próprio povo. Para ele, os Estados Unidos "têm de agir" diante desse ato na Síria, que ainda não foi esclarecido pelos peritos da ONU que estiveram no local em que supostamente armas químicas foram usadas no conflito.

O governo de Damasco assinala que os bandos armados e mercenários são os autores dos disparos de mísseis com elementos químicos nos arredores de Damasco no dia 21 de agosto. O governo da Rússia também afirma que há indícios de que as armas teriam sido utilizadas pelos rebeldes.

O presidente do Congresso estadunidense, John Boehner, disse que ficou satisfeito com anúncio feito por Obama de que pedirá autorização do Parlamento para uma intervenção militar na Síria.

"Estamos prontos para atacar quando quisermos", disse o presidente. Ele ressaltou, porém, que pedirá a autorização dos congressistas "para o uso da força" e pediu que estes apoiem a operação contra a Síria em nome da segurança nacional norte-americana.

O Congresso está em recesso até 9 de setembro, o que parece afastar a perspectiva de uma ação militar iminente contra o regime de Bashar al-Assad.

Parlamentares republicanos indicaram neste sábado que o pedido de autorização de Obama será analisado logo na semana de 9 de setembro. O ataque então será realizado, muito provavelmente na "mítica" data de 11 de setembro, dia em que se lembra nos Estados Unidos os supostos ataques da Al-Qaida contra instalações civis e militares no país em 2001.

No pronunciamento em que anunciou a decisão de intervir na Síria, Obama não fez referência a qualquer sessão extraordinária do Congresso, mas explicou que manteve contatos com parlamentares, que concordaram em debater o assunto no recomeço dos trabalhos.

Com agências