Bancos sonegam na segurança de clientes 

O parlamentar destacou a relevância do tema, e o esforço do seu gabinete em produzir projetos de lei visando adequar a legislação vigente à complexidade e proporção que o assunto adquiriu na sociedade. Álvaro Gomes foi taxativo ao criticar o que chamou de negligência dos bancos em investir na segurança dos bancários e clientes.

Levantamento das entidades laborais revela que apenas 8% do total gasto pelas empresas em segurança visam à proteção dos trabalhadores; 92% do montante devem-se a garantir a integridade dos cofres. Deputado elencou proposições de sua autoria que tramitam na Casa com mesmo objetivo.

Munido de números preocupantes, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes Neves, mostrou a necessidade de o conjunto da sociedade, notadamente as polícias, debruçar-se com afinco sobre o problema que deixa grandes sequelas no corpo funcional dos bancos. O Estado registra até o momento 124 ataques a bancos, sendo 29 na capital.

Euclides denunciou práticas abusivas no transporte de valores, feita por veículos particulares, assim como a alta lucratividade do setor. Reafirmou a sonegação dos bancos em investir em segurança, ao dizer que a lucratividade do setor no semestre foi de R$ 29,6 bilhões, contra um investimento da ordem de R$ 1,6 bilhão.

Presidente da Federação da categoria Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, falou do sentimento de impotência do dirigente sindical ante a crise, e da necessidade da adoção de medidas concretas. O vereador de Salvador Everaldo Augusto (PCdoB) ressaltou que o Brasil vive uma crise de segurança, e conclamou as autoridades a debruçarem-se sobre o contexto real em que ocorre tal violência.

Salvador,
Ascom/gabiente deputado