Correa, Morales e Maduro rejeitam intervenção na Síria

O presidente da Bolívia, Evo Morales, rejeitou uma possível intervenção militar na Síria e acusou Barack Obama de preparar guerras "para apoderar-se dos recursos naturais de alguns países". Nicolás Maduro, o presidente venezuelano, disse que a possível intervenção suporia o início de uma “guerra desastrosa”. E o presidente equatoriano, Rafael Correa, ratificou “a vocação pacifista de seu país e rejeitou a toda intromissão externa, mais ainda militar, no problema sírio”.

Nicolás Maduro, Evo Morales e Rafael Correa em Guayaquil/ Foto: AFP

“Alertamos ao mundo (…) para que se coloque de pé e recusemos a intervenção militar contra a Síria. Um ataque contra a Síria puderia ser o início de uma grande conflagração internacional. Sem lugar para dúvidas, um ataque contra a Síria seria o início de uma guerra desastrosa”, manifestou Maduro.

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Para o mandatário venezuelano, a intervenção militar no país asiático, que teoricamente seria liderada pelos Estados Unidos, já “foi decidida”: “agora querem destruir e partir em pedaços a Síria”.

Em uma coletiva de imprensa, Evo Morales sustentou que como os Estados Unidos “já não podem impor ditaduras militares” como, a seu julgamento, fez antes, agora financia conflitos internos em alguns países para intervir neles e se apropriar de seus recursos naturais.

“A Síria é outro exemplo agora. (…) Os EUA, às vezes via Israel, às vezes via Inglaterra, financiam esse confronto e agora vão se preparando militarmente”, sustentou o governante boliviano, a propósito do recrudescimento da crise nesse país e diante da possibilidade de uma intervenção militar: “essa é a estratégia do império agora: nos enfrentar, nos dividir e preparam a intervenção. Rejeitamos, condenamos, não aceitamos”, agregou o mandatário.

Correa, por sua vez, disse não acreditar em “juízes do bem e do mau, menos ainda de potências que por seu histórico de política exterior (…) não têm nenhuma solvência moral para converter-se nos juízes do bem e do mau do mundo”, acrescentou.

O conflito na Síria se recrudesceu na semana passada depois das denúncias da oposição de que o regime de Bachar al-Asad utilizou armas químicas em um ataque cometido no dia 21, no qual houve mais de mil mortos.

A intervenção militar poderia contar com o apoio da OTAN, mas não passaria pelo filtro do Conselho de Segurança das Nações Unidas pela oposição da Rússia e da China.

Com Infolatam