Apesar das diferenças, Farc e governo colombiano avançam pela paz
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) e representantes do governo colombiano prosseguem nesta terça-feira (27) com as conversações de paz, após rechaçar a proposta de referendo feita pelo presidente Juan Manuel Santos.
Publicado 27/08/2013 11:17
As conversações pelo fim do conflito foram reiniciados na segunda (26) no Palácio de Convenções, em Havana (Cuba), depois de uma pausa de três dias, anunciada pelo grupo guerrilheiro para analisar a iniciativa do Executivo da Colômbia de convocar um referendo sobre um eventual acordo de paz.
A delegação das Farc expressou sua decisão de permanecer na mesa de diálogo, mesmo não acompanhando a proposta governamental apresentada no Congresso. “Não acompanhamos, nem sujeitamos os diálogos e seus resultados a decisão unilateral” do governo, declarou Iván Márquez, líder negociador do grupo guerrilheiro.
Para ao grupo guerrilheiro, um acordo de paz não é um assunto que se pode resolver de maneira unilateral, assim como o mecanismo de votação não pode ser decidido somente pelo governo. “Aceitar essas regras do jogo seria trair a nossa luta”, disseram os representantes da guerrilha em um comunicado.
Assembleia Nacional Constituinte
As Farc insistem que a melhor maneira de fazer a consulta é através de uma Assembleia Nacional Constituinte, “neste cenário sim poderemos garantir a longa duração da paz nacional”, afirmam.
O grupo foi enfático ao expressar que “de uma vez por todas as Farc não irão se submeter a nenhum marco jurídico com desenhos unilaterais”.
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina