Deputado Osmar Júnior critica classe médica e defende diálogo 

O deputado Osmar Júnior (PCdoB) criticou, nesta segunda-feira (26), o "radicalismo" da classe médica em relação à contratação de profissionais estrangeiros para atuarem no Brasil e defendeu que seja aberto um diálogo entre os conselhos representativos da categoria e o governo federal. Para Osmar, o problema de saúde do país é grave e precisa de solução urgente.  

"O problema mais grave que a população brasileira enfrenta são os serviços de saúde. Felizmente melhorou porque hoje o Brasil tem uma cobertura vacinal muito ampla, acompanhamento de pessoas com doenças crônicas, mas o Brasil não consegue fazer o atendimento cotidiano, da pessoa que marca o médico”, avalia o parlamentar.

Para ele, a situação é grave tanto para cidadãos que dependem do SUS (Sistema Único de Saúde) como para aqueles que possuem plano privado de saúde.

“Esse é um problema objetivo. Eu acho que o que faltou foi diálogo do governo federal com as entidades representativas dos médicos. A postura assumida pelo conselho federal foi uma postura radical, intransigente, com medidas sempre ameaçadoras", declarou o deputado em entrevista ao Jornal do Piauí.

O exemplo do Piauí, de acordo com o deputado, deveria ser seguido por outros governos. Foi criada a carreira médica do Estado, com a valorização da categoria.

Exploração do gás

Osmar falou ainda sobre a contratação das empresas que vão explorar o gás natural no Piauí. Durante audiência pública em Brasília, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) informou que as empresas que se habilitaram no leilão têm até o dia 30 para assinarem os contratos.

Um dos lotes do Piauí foi arrematado pela empresa de Eike Batista na região de Floriano. A empresa ainda não assinou o contrato. "Temos até o dia 30 de agosto para encerramento de assinatura dos contratos para em seguida abrir o licenciamento ambiental e as empresas começarem a explorar”, explicou Osmar Júnior.

Segundo ele, a audiência foi pedida por causa da crise do grupo (do empresário Eike Batista). “Ele têm lotes aqui e ainda não assinaram o contrato. Se não assinarem, será chamada uma nova empresa; e se assinarem, ele está assumindo o contrato de exploração. Não vai ter a possibilidade de não investir e por isso é que estamos acompanhando", explicou.

Fonte: www.cidadeverde.com.br