China vai alcançar meta de desenvolvimento econômico de 7,5%
Com a implementação das atuais políticas econômicas, a China vai continuar com um bom desenvolvimento econômico na segunda metade do ano, vai concretizar a meta de crescimento de 7,5%, disse nesta segunda-feira (26) em Pequim o porta-voz da Administração Estatal de Estatística da China, Sheng Laiyun.
Publicado 26/08/2013 13:43
A declaração foi dada em um encontro com os principais veículos de imprensa mundiais no Ministério das Relações Exteriores da China.
"Sou da televisão NHK do Japão. Quero fazer perguntas sobre o endividamento dos governos locais."
"Sou da agência Reuters. Gostaria de saber de onde vem a força interna para o crescimento econômico chinês. Se o país continuará dependente do investimento e demanda externa".
Na coletiva que reuniu mais de 40 órgãos de imprensa, Sheng Laiyun falou sobre a trajetória do desenvolvimento econômico nos próximos meses, numa tentativa de desmentir os rumores e aliviar as preocupações geradas pela desaceleração da economia chinesa.
"A macroeconomia chinesa começa a registrar sinais positivos, resultantes da melhoria do ambiente externo e da promoção das recentes políticas do governo, voltadas à infraestrutura, proteção do meio-ambiente, incentivo ao consumo informático e alivio da carga tributária para pequenas e médias empresas. Creio que com a implementação eficaz das medidas de incentivo, a economia do país vai continuar se recuperando de forma estável e vai concretizar as metas definidas."
Dependendo ao longo dos anos do investimento e comércio exterior para se expandir, a economia chinesa precisa agora encontrar novos motores. Para Sheng Laiyun, é difícil que a economia do país registre um desenvolvimento de dois dígitos, tendo em consideração o desequilíbrio da oferta e demanda de mão-de-obra, e às pressões vindas do meio-ambiente. Porém, as forças internas não mudam:
"A China está atravessando um processo de industrialização e urbanização, o que traz em si uma mudança no hábito de consumo. As pessoas passaram a gastar mais nas necessidades básicas para itens de lazer e formação contínua dos trabalhadores. Outra força para o desenvolvimento econômico vem da região oeste, tradicionalmente atrasada, que se evidencia agora pela rápida expansão. O governo chinês, por outro lado, procura reforçar as reformas e também busca retorno. Ciências e tecnologia e inovação técnica são importantes para o futuro desenvolvimento do país. À economia chinesa nunca falta potência, mas o esforço de exploração dessa potência."
Outro destaque na reunião foi o endividamento dos governos locais. Um valor agregado de um trilhão de iuanes de dívidas gera preocupação de uma possível crise econômica. De acordo com o porta-voz, as dívidas estão sob controle.
"No que diz respeito à percentagem das dívidas no Produto Interno Bruto, consideramos que o nível está dentro do limite e é controlável. Segundo o relatório de auditoria de 36 cidades, 12 conseguiram diminuir as dívidas em 140 bilhões de iuanes e as outras 24, mesmo com um total crescente, diminuíram o ritmo de agravamento."
Fonte: Rádio Internacional da China