EUA e aliados avaliam opções para ação militar contra a Síria

Funcionários do governo dos Estados Unidos realizaram reuniões internas e contatos com países aliados a respeito de uma eventual ação militar contra a Síria, revelou nesta sexta-feira o diário americano The New York Times.

A ação de força teria como pretexto informações sobre o suposto uso de armas químicas por parte de Exército Sírio, acusações desmentidas pelo governo de Damasco de forma reiterada nos últimos dias.

Funcionários do Departamento de Estado, do Pentágono, do Conselho de Segurança Nacional e das agências de espionagem se reuniram na noite de quinta-feira (22) por 3 horas e meia na Casa Branca para analisar o tema.

Os opções vão desde um ataque com mísseis Cruiser até uma campanha aérea de longa duração contra objetivos civis e militares no território sírio, assegura o NYT.

Nos últimos dias, vieram à tona opiniões diversas sobre uma eventual ação de força contra a Síria, entre os que defendem essa opção, como é o caso da assessora de Segurança Nacional Susan Rice, e outros que qualificam de "opção irresponsável e inoportuna".

O presidente da Junta dos chefes de Estado Maior dos Estados Unidos, general Martin Dempsey, afirmou nesta semana que a Casa Branca se opõe a uma eventual intervenção militar na Síria.

Em uma carta dirigida ao congressista democrata Eliot Ángel, Dempsey assegurou que as projeções políticas dos líderes das organizações armadas que tentam derrubar pela força o governo de Damasco constituem um perigo para os interesses estadunidenses.

Dempsey descartou nessa carta a possível realização de ataques com mísseis Cruiser e outras opções similares que não pediriam pela presença de tropas terrestres no solo sírio, porque tais ações levariam a uma nova guerra no Oriente Médio, sem perspectivas claras.

Fonte: Prensa Latina