Coreias negociam reencontro de familiares separados na guerra
Os governos da República Popular Democrática da Coreia (RPDC, do norte) e da República da Coreia (do sul) retomaram o diálogo, nesta sexta-feira (23), em busca de um acordo para promover reuniões entre as famílias separadas durante a guerra que dividiu os dois países (1950-1953).
Publicado 23/08/2013 08:38
As conversas em busca de um acordo foram interrompidas em 2010, quando houve um agravamento das tensões entre os dois governos. Os dois países ainda mantêm relação tensa, sobretudo devido à presença militar dos Estados Unidos na Península da Coreia, desde a Guerra da Coreia, finda em 1953, em que tiveram papel preponderante.
A reunião começou na fronteiriça "Aldeia da Trégua", Panmunjom, com o objetivo de desbloquear o assunto e promover um novo encontro entre famílias em 19 de setembro, quando ocorre a festa da colheita ("Chuseok", em coreano), uma das celebrações mais importantes da península.
"A questão das famílias separadas pela guerra é um dos temas mais urgentes agora. Vou fazer todo o possível para aliviar a sua dor por meio do diálogo", disse Lee Duck-hang, líder da equipe de negociações da Coreia do Sul.
Autoridades do país dizem que a reunião é fundamental para aproximadamente 73 mil sul-coreanos que pediram o encontro, pois 80% deles têm mais de 70 anos.
A RPDC também tem pedido as negociações diretas entre os dois países, sem interferência dos EUA, que acusa de manter a situação tensa na península e impedir a reaproximação entre as duas coreias, que têm, inclusive, departamentos dedicados ao assunto da reunificação.
Em 2000, uma declaração conjunta dos dois países deu início a negociações neste sentido, e também envolveu o encontro de familiares separados desde a guerra de 1953, tanto na capital do norte, Pyongyang, quanto na do sul, em Seul.
Com agências,
Da redação do Vermelho