Primeira semana de diálogos chega ao fim em Catatumbo

Os primeiros três dias de conversações entre o governo colombiano e os camponeses de Catatumbo se concluíram nesta sexta-feira (16), com poucos avanços, mas com a expectativa de chegar a um acordo sobre os cultivos ilícitos na próxima semana.

Catatumbo resiste - Agência Pulsar

Em declaração à emissora de rádio local, o líder agrário César Jerez contou que os diálogos avançam em marcha lenta, mas afirmou que está otimista e espera que desta vez o governo cumpra a sua palavra.

“Trabalhamos durante os últimos três dias na solução dos cultivos ilícitos e já chegamos a uma aproximação. Todavia ainda faltam outros cinco pontos pendentes sobre o tema, que devem ser abordados na próxima terça, quando reiniciamos as negociações”, disse Jerez.

Ele expressou também a vontade de assinar o primeiro acordo sobre a reparação das vítimas consequentes das erradicações forçadas do cultivo de coca. O dirigente afirmou que os camponeses ainda acreditam na palavra do governo.

“Temos uma metodologia de trabalho e um acordo prévio sobre garantias”, confirmou à emissora. “Estamos confiantes de que chegaremos a um acordo para reparar as vítimas como primeiro passo de avanço para o que será o programa de substituição de cultivos”, acrescentou.

Por outro lado, o líder camponês denunciou a presença da força pública e de um grupo importantes de erradicadores na aldeia de Gabarra, no município de Tibu, onde mais de mil camponeses estão reunidos para evitar esse tipo de pressão e ameaças. Ele advertiu que se as erradicações forçadas continuarem, provavelmente haverá uma mobilização.

Os protestos na região começaram em 11 de junho e persistiram durante 54 dias até que os camponeses decidiram interromper os bloqueios, em demonstração de boa vontade em prol do diálogo de paz.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina