Fidel Castro: As verdades objetivas e os sonhos
A espécie humana afirma, com frustrante força, que existe há cerca de 230 mil anos. Não me lembro de afirmação alguma que alcance mais idade. Sim, havia outros tipos de seres humanos, como os Neandertais de origem europeia, ou o hominídeo de Denisova, no norte da Ásia, mas não existem fósseis mais antigos que os Homo Sapiens da Etiópia.
Por Fidel Castro, no Granma
Publicado 15/08/2013 09:43
No entanto, existem restos de inúmeras espécies vivas da época, como os dinossauros, cujos fósseis datam de mais de 200 milhões de anos. Muitos cientistas falam da existência destes antes mesmo do meteorito que atingiu o Istmo de Tehuantepec, provocando a morte inclusive dos animais que mediam 60 metros de comprimento.
Também é conhecida a pré-história do planeta que habitamos hoje, que foi desprendido da nebulosa solar e sofreu resfriamento como massa compacta quase plana, composta por um número crescente de materiais bem definidos, que gradualmente adquiriram características visíveis. Contudo, não se sabe ainda quantas faltam serem descobertas, e quais insólitos usos que a tecnologia moderna ainda pode aportar aos seres humanos.
Sabe-se que as sementes de algumas plantas comestíveis foram descobertas e utilizadas há cerca de 40 mil anos. Há também evidências de um calendário de plantio gravado em pedra, de aproximadamente 10 mil anos atrás.
Sobretudo, as ciências devem ensinar todos a ser humildes, levando em conta a nossa autossuficiência congênita. Assim, estaríamos mais preparados para enfrentar e ainda desfrutar o raro privilégio de existir.
Neste mundo explorado e saqueado, vivem inúmeras pessoas generosas e sacrificadas, especialmente as mães, as quais a própria natureza dotou de especial espírito de sacrifício.
O conceito de pai, que não existia na natureza, é, por sua vez, fruto da educação social dos seres humanos e se observa como norma em qualquer canto, desde o ártico, onde se encontram os esquimós, até as selvas mais tórridas da África, onde as mulheres não só cuidam da família, mas também trabalham na terra para produzir alimentos.
Quem lê diariamente as notícias sobre velhos e novos comportamentos da natureza e sobre as descobertas dos métodos para enfrentar o passado, presente e futuro, compreende as exigências do nosso tempo.
Os vírus se transformam de forma inesperada e destroem as plantas mais produtivas ou animais que tornam possível o consumo humano, o que deixa mais insegura e custosa a saúde da nossa espécie, gerando e agravando as doenças, especialmente nos idosos e crianças.
Como lidar honradamente com o crescente número de obstáculos que os habitantes do planeta sofrem?
Pensemos que mais de duzentos grupos humanos competem pelos recursos da Terra. O patriotismo é simplesmente o mais amplo sentimento solidário alcançado. Nunca digamos que foi pouco. Certamente isso começou com as atividades de pequenos grupos de pessoas que os escritores da história qualificaram como clã familiar, para depois percorrer o caminho da cooperação entre grupos de famílias, que colaboraram entre si para cumprir as tarefas ao seu alcance. Houve confrontos entre grupos de famílias até se atingir níveis mais elevados de organização como, aliás, era a tribo. Transcorreram mais de cem mil anos. Mas, as memórias escritas em sofisticados pergaminhos datam de um passado de não mais que 4 mil anos.
A capacidade humana para pensar e elaborar ideias já era notável e, sinceramente, não acredito que os gregos eram menos inteligentes que o homem atual. Seus poemas, seus textos filosóficos, suas esculturas, seus conhecimentos médicos, seus jogos olímpicos; seus espelhos, com os quais incendiavam as naus adversárias, concentrando os raios solares; as obras de Sócrates, Platão, Aristóteles, Galeno, Arquimedes e outros, encheram de luz o mundo antigo. Eram homens de talento incomum.
Chegamos, depois de um longo caminho, à etapa contemporânea da história humana.
Depois de uma profunda crise que atingiu a União Soviética, dias críticos não demoraram a chegar à nossa pátria, localizada a 90 milhas do território continental dos Estados Unidos.
Em 1º de janeiro de 1959 o nosso país assumiu o comando do seu próprio destino, após 402 anos de domínio colonial espanhol e 59 anos como neocolônia. Já não existíamos como indígenas que não falam o mesmo idioma; éramos uma mistura de brancos, negros e índios; integrávamos uma nova nação, com suas virtudes e seus defeitos, assim como todas as outras. Escusado é dizer que, sobre a ilha, imperavam a tragédia do desemprego, do subdesenvolvimento e um nível de educação muito pobre. Possuía-se um conhecimento infundido pela imprensa e pela literatura dominante dos Estados Unidos, que desconhecia, se é que não desprezava, os sentimentos de uma nação que lutou durante décadas pela independência do país e contra centenas de milhares de soldados a serviço da metrópole espanhola.
Não devemos esquecer a história da "Fruta Madura", imperante na mentalidade colonialista da poderosa nação vizinha, que fez prevalecer sua força e negou a Cuba, não só o direito de ser livre, hoje, amanhã e sempre, mas que também tentou anexar a nossa ilha ao seu território.
Quando o encouraçado norte-americano Maine explodiu no porto de Havana, o exército espanhol, composto por centenas de milhares de homens, já estava derrotado. Assim como um dia os vietnamitas heroicamente derrotaram o poderoso exército americano, dotado de sofisticado armamento, incluindo o "Agente Laranja" que afetou este povo para toda a sua vida – nesta ocasião, Nixon esteve tentado a usar armas nucleares contra os vietnamitas. Não à toa lutou por suavizar os soviéticos com suas discussões sobre a produção de alimentos no país.
Eu não seria transparente se não assinalasse um momento amargo de nossas relações com a URSS. Isso derivou da reação que tivemos ao conhecer a decisão de Nikita Khrushchev, após a Crise de Outubro de 1962, a qual cumprirá 51 anos neste ano.
Quando soube que Khrushchev havia combinado a retirada dos projéteis nucleares do país com John F. Kennedy, publiquei uma nota com os cinco pontos que considerei indispensáveis para um acordo. O chefe de Estado soviético sabia que não interessava para Cuba aparecer como depósito de foguetes da URSS, devido à aspiração que o país tinha de ser exemplo para os demais integrantes da América Latina na luta pela independência de nossos povos. Mas apesar disso, o Marechal chefe dessas armas (uma pessoa excelente), insistia na necessidade de contar com alguma arma que persuadisse os agressores. Ao insistir neste tema, expressei que se para eles parecia uma necessidade imprescindível para a defesa do socialismo, se tratava então de outra coisa, porque éramos todos revolucionários. Pedi a ele o prazo de duas horas para que a direção da nossa Revolução tomasse uma decisão.
Khrushchev se portou muito bem com Cuba. Quando os EUA suspenderam totalmente a quota de açúcar e bloquearam o nosso comércio, ele decidiu comprar, pagando o mesmo preço, toda a produção que os norte-americanos deixaram de adquirir. Meses depois, quando aquele país suspendeu as nossas cotas de petróleo, a URSS nos forneceu esse vital produto, sem o qual a nossa economia sofreria um grande colapso: uma luta até a morte haveria sido imposta, já que Cuba jamais se renderia. Os combates teriam sido muito sangrentos, tanto para os agressores, como para nós. Tínhamos acumulado mais de 300 mil armas, incluindo as 100 mil que recolhemos da ditadura de Batista.
O líder soviético tinha grande prestígio. Após a ocupação do Canal de Suez pela França e Inglaterra, quando as duas potências proprietárias atacaram o local com o apoio das forças israelenses, Khrushchev alertou que usaria suas armas nucleares contra os agressores franceses e britânicos. Os Estados Unidos, sob a direção de Eisenhower, não estavam dispostos a se envolver em uma guerra. Recordo uma frase de Khrushchev dita naquele momento: “nosso foguetes podem acertar uma mosca no ar”.
Não muito tempo depois, o mundo se viu envolvido em um gravíssimo perigo de guerra. Desgraçadamente foi o mais grave que se conheceu. Khrushchev não era um líder qualquer, durante a Grande Guerra Pátriotica, se destacou como comissário chefe da defesa de Stalingrado, atual Volgogrado, na batalha mais dura travada no mundo até então, com a participação de 4 milhões de homens. Os nazistas perderam mais de meio milhão de soldados.
A Crise de Outubro em Cuba acabou custando o cargo do líder soviético. Em 1964, ele foi substituído por Leonid Brezhnev.
Supunha-se que, ainda a um alto preço, os Estados Unidos cumpririam seu compromisso de não invadir Cuba. Brezhnev tinha excelentes relações com o nosso país, nos visitou no dia 28 de janeiro de 1974, desenvolveu o poderio militar da União Soviética e treinou, na escola militar de seu grande país, muitos oficiais das nossas Forças Armadas. Continuou com o fornecimento gratuito de equipamentos militares para Cuba e promoveu a construção de uma estação de energia nuclear com água de resfriamento, na qual foram aplicadas as medidas máximas de segurança. Ele também deu suporte aos objetivos econômicos do nosso país.
Com a sua morte em 10 de novembro de 1982, foi sucedido por Yuri Andrópov, diretor da KGB, que presidiu os funerais de Brezhnev. Ele era um homem sério e franco, e eu o aprecio dessa forma.
Disse-nos que se fossemos atacados pelos Estados Unidos deveríamos lutar sozinhos. Perguntamos se a URSS poderia continuar nos fornecendo as armas gratuitamente e ele respondeu que sim. Comunicamos a Andrópov: “não se preocupe, nos envie as armas que dos invasores cuidamos nós”.
Poucos companheiros ficaram sabendo de algo a esse respeito, já que era muito perigoso o vazamento dessa informação para o inimigo. Decidimos solicitar as armas a outros amigos, até termos o suficiente para um milhão de combatentes cubanos. O companheiro Kim II Sung, veterano combatente, nos enviou 100 mil fuzis AK sem cobrar um centavo.
O que ajudou a desencadear a crise? Khrushchev havia percebido claramente a intenção de Kennedy de invadir Cuba logo que as condições políticas e diplomáticas estivessem preparadas, especialmente após a esmagadora derrota da invasão mercenária da Baía dos Porcos, escoltada por navios de assalto da infantaria da Marinha e um porta-aviões estadunidenses. Os mercenários controlavam o espaço aéreo com mais de 40 aeronaves de bombardeiros B-26, aviões de transporte e outros de apoio.
Um ataque surpresa anterior, à base aérea principal, não encontrou os nossos aviões alinhados, mas espalhados em vários pontos, os que podiam movimentar-se e os que necessitavam de peças. Apenas alguns foram afetados.
No dia da invasão traiçoeira, nossas aeronaves estavam no ar antes do amanhecer, rumo à Praia Giron. Digamos que apenas um escritor norte-americano foi honesto e descreveu aquilo como um desastre. Basta dizer que, no final desta aventura, apenas dois ou três dosexpedicionários puderam voltar para Miami.
A invasão à ilha, programada pelas forças armadas dos Estados Unidos, havia sofrido grandes baixas, muito mais que os 50 mil soldados que perderam no Vietnã. Ainda não tinham a experiência que adquiririam mais tarde.
Em 28 de outubro de 1962 eu declarei que não estava de acordo com a decisão não consultada e ignorada por Cuba de que a URSS iria retirar seus mísseis estratégicos, para os quais estávamos preparando 42 rampas de lançamento. Ao líder soviético expliquei que não tínhamos sido consultados sobre este passo, um requisito essencial de nossos acordos. Em uma frase está a ideia: "Você pode me convencer que eu estou errado, mas não pode me dizer que eu estou errado sem me convencer". Então enumerei cinco pontos que permaneciam intocáveis: cessar o bloqueio econômico e todas as medidas de pressão comercial que os Estados Unidos exercem em todas as partes do mundo contra o nosso país; cessar também todas as atividades subversivas, lançamento e desembarque de armas e explosivos por ar e por mar, a organização de invasões mercenárias e a infiltração de espiões e sabotadores, ações realizadas do território dos Estados Unidos e de alguns países cúmplices; cessar os ataques piratas que aconteciam a partir das bases existentes nos Estados Unidos e Porto Rico; cessar todas as violações do nosso espaço aéreo e naval por aviões e navios de guerra norte-americanos; e a retirada da Base Naval de Guantánamo e devolução do território cubano ocupado pelos EUA.
É sabido também que o jornalista francês Jean Daniel tinha entrevistado o presidente Kennedy após a Crise de Outubro. Este lhe contou a dura experiência que tinha vivido e perguntou-lhe se eu realmente conhecia o perigo daquele momento. Ele pediu ao repórter francês que viajasse a Havana, falasse comigo e esclarece a sua dúvida.
Jean veio a Havana e pediu uma entrevista. Marquei encontro com ele e lhe transmiti que desejava vê-lo e conversar sobre o tema. Sugeri que conversássemos em Varadero. Chegamos ao lugar e o convidei para almoçar. Era meio-dia. Liguei o rádio e neste instante uma fria notícia informou que o presidente americano havia sido assassinado em Dallas.
Praticamente, já não havia o que falar. Em primeiro lugar, pedi que ele falasse de sua conversação com Kennedy. Ele estava realmente impressionado com seu contato. Jean me disse que Kennedy era uma máquina de pensar, estava realmente traumatizado. Não voltei a vê-lo. De minha parte, investiguei o que pude, ou melhor, supus o que passou naquele dia. Foi estranha a conduta de Lee Harvey Oswald. Soube que ele havia tratado de visitar Cuba pouco tempo antes do assassinato de Kennedy e se supõe que disparou com um rifle semiautomático de mira telescópica contra um alvo em movimento. Conheço bastante o emprego dessa arma. Quando se faz um disparo, a mira se move e o alvo se perde por um instante, o que não acontece com outro tipo de sistema de pontaria de qualquer fuzil. A mira telescópica de várias potências é muito precisa se a arma está apoiada, mas se estorva quando o alvo está em movimento. Diz-se que houve dois disparos fatais consecutivos em frações de segundos. A presença de um lumpen conhecido por seu ofício, que mata Oswald em um posto policial, comovido pela dor que estaria sofrendo a esposa de Kennedy, parece uma piada cínica.
Johnson, um bom magnata petroleiro, não perdeu um minuto em pegar o avião em direção a Washington. Não quero fazer acusações, é assunto deles, mas o plano era envolver Cuba no assassinado de Kennedy. Mais tarde, passados alguns anos, o filho do presidente assassinado veio me visitar e jantou comigo. Era um jovem cheio de vida que gostava de escrever. Pouco tempo depois, viajando de férias para uma ilha, em uma noite tempestuosa, aparentemente o avião não encontrou o caminho e ocorreu um acidente fatal. Em Caracas conheci a esposa e os filhos pequenos de Robert Kennedy, que foi procurador da República e negociador com o enviado de Khrushchev, e foi assassinado. Assim caminhava o mundo.
Muito próximo de terminar este relato, que coincide com o dia 13 de agosto, 87º aniversário de seu autor, rogo que me desculpem por qualquer imprecisão. Não tive tempo de consultar documentos.
As informações das agências noticiosas falam, diariamente, de temas preocupantes que se acumulam no horizonte mundial.
Noam Chomsky, segundo o site do canal de televisão Rusia Today, expressou: “A política dos Estados Unidos está desenhada para que aumente o terror”.
“De acordo com o prestigiado filósofo, ‘a política dos EUA está desenhada de uma maneira que aumente o terror entre a população. ‘Os EUA estão realizando a campanha terrorista internacional mais impressionante jamais vista – a dos drones e a campanha das forças especiais’”.
A campanha dos drones está criando potenciais terroristas.
“A seu juízo, é absolutamente assombroso que o país norte-americano realize uma campanha de terror em massa, que pode gerar potenciais terroristas contra si mesmos. Ao mesmo tempo os EUA proclamam que é absolutamente necessário ter vigilância em massa para proteger contra terrorismo”.
“Segundo Chomsky, existem numerosos casos similares”. Um dos mais chamativos, em sua opinião, é o de Luis Posada Carriles, acusado pela Venezuela de participar de um atentado contra um avião, no qual 73 pessoas morreram”.
Hoje guardo uma lembrança especial do melhor amigo que tive nos meus anos de político ativo – aquele que, muito humilde e pobre, forjou-se no Exército Bolivariano da Venezuela – Hugo Chávez Frias.
Dentre os muitos livros que li, impregnados de sua linguagem poética e descritiva, há um que destila sua rica cultura e capacidade de expressar em termos rigorosos sua inteligência e sua simpatia, através das mais de duas mil perguntas formuladas pelo jornalista, também francês, Ignacio Ramonet.
Em 26 de julho deste ano, quando visitou Santiago de Cuba, pelo 60º aniversário do assalto aos quartéis Moncada e Carlos M. de Céspedes, o autor me dedicou seu último livro: “Hugo Chávez Mi Primera Vida”.
Experimentei o sadio orgulho de ter contribuído com a elaboração desta obra, porque Ramonet me submeteu a esse questionamento implacável, que apesar de tudo serviu para treinar o autor nesta matéria.
O pior é que não tinha concluído minha tarefa como dirigente quando prometi revisá-lo.
No dia 26 de julho de 2006 adoeci gravemente. Apenas compreendi que seria definitivo, não vacilei um segundo em proclamar no dia 31 que deixaria meu cargo como presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros. Propus que o companheiro designado para exercer esta tarefa assumisse imediatamente.
Restava-me concluir a revisão prometida de “Cem Horas com Fidel”. Estava deitado, temia perder a consciência enquanto ditava e às vezes adormecia. Não obstante, dia após dia respondia as endiabradas perguntas que me pareciam intermináveis. Persisti até o fim.
Estava longe de imaginar que minha vida se prolongaria por mais sete anos. Só assim tive o privilegio de ler e estudar muitas coisas que devia ter aprendido antes. Penso que as novas descobertas nos surpreenderam a todos.
De Hugo Chávez faltaram muitas perguntas por responder, desde o momento mais importante de sua existência, quando tomou posse de seu cargo como presidente da República da Venezuela. Não existe uma só pergunta que responder, nos mais brilhantes momento de sua vida. Os que o conheceram bem sabem a prioridade que ele dava a esses desafios ideológicos. Homem de ação e ideias, foi surpreendido por uma doença sumamente agressiva que fez sofrer familiares, amigos e o próprio, mas que ele enfrentou com dignidade. Bolívar foi seu mestre e o guia que orientou seus passos na vida. Ambos reuniram grandeza suficiente para ocupar um lugar de honra na história humana.
Todos esperamos agora, “Hugo Chávez Mi Segunda Vida”. Sem ele, ninguém poderia escrever melhor a mais autêntica das histórias.
Fidel Castro Ruz
13 de agosto de 2013, às 21h15
*Tradução de Théa Rodrigues, da redação do Vermelho