China comemora 68 anos da vitória na Guerra à Invasão Japonesa
Hoje, dia 15 de agosto, marca o 68º aniversário da rendição japonesa na Segunda Guerra Mundial. Durante esse conturbado período, o povo chinês lutou arduamente contra os invasores japoneses e alcançou a vitória. Muitos chineses deslocaram-se nesta quinta-feira (15) a locais que assinalam a data.
Publicado 15/08/2013 19:46
O Memorial da Guerra de Resistência à Invasão Japonesa, situado em Lugouqiao, Pequim, recebeu de manhã cedo uma visitante especial. O nome dela é Zuo Taibei, filha do famoso general chinês, Zuo Quan, que morreu nos campos de batalha contra os japoneses. Quando perdeu o pai, Zuo Taibei tinha apenas dois anos.
"Conheço muito bem este memorial. Eis a foto de meus pais. E esta é a carta que meu pai escreveu para minha mãe. Eu fiquei sabendo que tinha um pai só depois de ler essa carta. Ele saiu de casa quando eu tinha três meses de idade. Para mim, ele é apenas uma foto. Mas depois de ler a carta, fiquei sabendo que ele me amava muito. O maior prejuízo da minha vida é a falta do pai. Ele foi um herói na luta contra os japoneses, mas o falecimento dele foi uma grande perda para a minha família."
Na cidade de Nanquim, multidões se reuniram sob o slogan "a lembrança do passado é mestre do presente" e entregaram flores às vítimas no Massacre de Nanquim, crime de guerra cometido pelo exército japonês em 1937. A sobrevivente da tragédia, Yang Cuiying, de 89 anos, disse:
"Jamais me esquecerei dessa data. Meu pai, meu tio, meu avô e meu irmão de dois anos, todos morreram. Não podemos esquecer-nos, de jeito nenhum, do sofrimento que vivemos."
Além dos chineses, grupos de paz provenientes de Osaka, Nagasaki, Tóquio, Quioto e Fukushima vieram também a Nanquim para participar das atividades comemorativas. A japonesa Kotani estuda na China a história contemporânea do Leste Asiático. Segundo ela, os japoneses precisam saber a verdade da história.
"Quero muito estudar a história real aqui na China. A história não deve ser esquecida. Hoje em dia, os intercâmbios entre os jovens chineses devem incluir o conteúdo sobre a história."
O diretor do Memorial aos Compatriotas Vítimas do Massacre de Nanquim, Zhu Chengshan, disse esperar que cada vez mais japoneses venham à China conhecer a verdade da história.
"Muitos amigos japoneses vêm participar dessas reuniões pacíficas. O espírito de persistir na justiça e procurar a paz é muito admirável!"
Fonte: Rádio Internacional da China