Juíza censura tática discriminatória da polícia de Nova York
Em uma crítica à administração do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, uma juíza federal decretou nesta segunda-feira que as táticas de combate ao crime de "parar e revistar", usadas pela polícia da cidade, violam os direitos constitucionais das minorias.
Publicado 12/08/2013 18:07
A juíza Shira Scheindlin disse que a polícia adotou uma política de "perfil racial indireto" ao mirar grupos racialmente definidos para parar, resultando em retenções desproporcionais e discriminatórias de dezenas de milhares de negros e latinos, e que as autoridades da cidade tinham "fechado os olhos" para esse resultado.
"Ninguém deveria viver temendo ser parado sempre que deixa sua casa para levar adiante as atividades da vida cotidiana", escreveu Scheindlin em sua decisão.
O atual prefeito determinou à polícia local que aumentasse o número de detenções, quando Bloomberg assumiu em 2002, e nomeou Raymond Kelly como comissário do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD).
Para atender a demanda do prefeito, os policiais seguiram instruções não oficiais para deterem nas ruas homens jovens de minorias, em uma violação à Quarta Emenda da Constituição que protege contra buscas e apreensões ilegais, segundo relata a juíza em uma decisão de 195 páginas.
Um relatório da União de Liberdades Civis de Nova York de 2012 mostrou um aumento agudo nas apreensões policiais durante os três mandatos de Bloomberg no cargo – para 685.724 em 2011, de 160.851 em 2003, com cerca de metade das apreensões de 2011 resultando em buscas físicas.
Com agências