CPI da Espionagem pode ser instalada na semana que vem
A Mesa do Senado já encaminhou aos líderes dos partidos o pedido para que sejam indicados os membros da CPI da Espionagem. O depoimento do jornalista Glenn Greenwald e as matérias publicadas pela imprensa esta semana deram força à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito proposta pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM-foto), que já foi lida e aprovada pelo Senado.
Publicado 09/08/2013 14:34
Em pronunciamento no Senado nesta sexta-feira (9), a senadora destacou a gravidade das denúncias e os riscos para o Brasil. "Não se trata apenas de violação de dados pessoais dos cidadãos, este em si um fato gravíssimo, mas também estão em risco a segurança das nações e da nossa economia", afirmou a senadora Vanessa Grazziotin.
A senadora disse que as revelações do ex-agente da CIA, Edward Snowden, sobre a operação sigilosa do governo dos Estados Unidos de interceptação de informações em todo o mundo evidenciam que os estadunidenses violam a soberania de outros países.
"As notícias que temos mostram que a espionagem se dá inclusive para defender de forma equivocada, e até criminosa, interesses comerciais e industriais de entes americanos", enfatizou.
Para a senadora, as denúncias de espionagem praticadas pelos Estados Unidos por meio da internet reforçam a necessidade de debate sobre a governança multilateral da rede mundial de computadores. A parlamentar observou que hoje a internet é regida por uma entidade privada com sede em solo americano e controlada pelo governo dos Estados Unidos.
"O que está em risco não é apenas a individualidade das pessoas, o que está em risco é a segurança das nações", disse.
Na composição da CPI da Espionagem seja de 11 membros titulares e sete suplentes respeitando a proporcionalidade de cada bancada, ficando o Bloco Parlamentar da Maioria (PMDB, PP, PSD e PV) com direito a quatro titulares e três suplentes; o Bloco de Apoio ao Governo (PT, PDT, PSB, PCdoB, PSOL) com três titulares e dois suplentes; o Bloco Parlamentar da Minoria (PSDB, DEM), com dois titulares e um suplente; e o Bloco Parlamentar União e Força (PTB, PR, PSC, PRB), com dois titulares e um suplente.
Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Sen. Vanessa Grazziotin