Investimento na saúde e qualidade de vida de professores

O Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest norte) localizado no Hospital Regional de Sobradinho, inicia hoje, projeto voltado para avaliação clínica e psicossocial de docentes da Regional de Sobradinho, em uma parceria da Secretaria do Estado de Saúde com a de Educação do Distrito Federal, denominado “Mente e Voz”.

A ideia consiste na realização de ações em saúde coletiva de caráter preventivo, no que diz respeito à saúde vocal dos professores da fundação de Sobradinho, incluindo os aspectos psicossociais da prática profissional. Uma equipe de três médicos (médico do trabalho, psiquiatra e otorrinolaringologista), uma enfermeira, dois auxiliares de enfermagem e cinco fonoaudiólogos participará do projeto, e 1449 docentes e ativos em sala de aula, distribuídos em 41 escolas pública, serão examinados.

Para o secretário de saúde, Rafael Barbosa, o projeto demonstra a preocupação da saúde com todos os profissionais e lembra a importância da prevenção e da saúde básica. "Assim como no SUS, se prevenir e se cuidar é essencial para qualquer pessoa, e neste caso, os professores terão todo o nosso apoio. Pensamos inclusive, em futuramente, abrir o programa em outras regionais", disse.

De acordo com o secretário de educação, Denilson Bento da Costa, é preciso cuidar da saúde dos educadores da rede pública. “O adoecimento dos professores tem causas multifatoriais e não está restrito apenas ao ambiente profissional, mas precisamos criar espaços humanizados e melhoria das condições de trabalho em atenção à saúde dos nossos professores”.

Programa

O trabalho será desenvolvido a partir de avaliações da saúde, diagnóstico precoce e tratamento específico. Haverá uma avaliação para identificar as situações ou fatores que podem representar estressores à atividade docente; verificar quais as reações de estresse psicológico ou físico que podem causar risco ao absenteísmo ou mesmo a doenças crônicas; analisar os fatores que representam sobrecarga quanto aos recursos disponibilizados, além de verificar casos de ansiedade e depressão.

O mais importante é o professor se sentir acolhido pelas secretarias de Saúde e Educação, afirma o enfermeiro e um dos autores do projeto, Douglas Júnior. “O docente precisa ser cuidado, em relação a seus problemas, por meio de uma atenção que vai além de um simples atestado, e sim uma atenção com foco em sua saúde em primeiro lugar”. Segundo ele, com o papel de educador, todo mestre precisa se prevenir de agravos quanto a voz e audição, que vão desde o trânsito que o profissional pega para chegar ao trabalho à situação familiar de cada um. “É um projeto muito importante para o trabalhador, um acompanhamento clínico e psicossocial”, destaca.