Farc-EP e governo colombiano retomam diálogo após pausa de um dia
A participação política continua sendo o tema central do diálogo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), que acontece na ilha de Cuba, após o segundo recesso de um dia.
Publicado 06/08/2013 11:01
As partes envolvidas reiniciaram, na última segunda-feira (5), a conversações do 12º ciclo de práticas, com Cuba e Noruega como fiadores e Venezuela e Chile como acompanhantes.
Na véspera, a delegação insurgente propôs a integração imediata de uma comissão independente de “nacionais e estrangeiros” para que seja estudada a história da confrontação desde o início.
Em um comunicado divulgado no Palacio de Convenções, sede permanente da prática, o grupo guerrilheiro referiu que o propósito desta comissão é preparar o material requerido para dar vazão ao quinto ponto da agenda, que faz referência ao ressarcimento das vítimas.
Segundo a declaração das Farc-EP, este tema deve ser assumido com “sensatez, realismo e apego a verdade". Sendo assim, os representantes do grupo solicitaram que a comissão inicie suas funções com a revisão do Informe Geral do Grupo de Memória Histórica, realizado pelo governo da Colômbia.
Segundo este documento, o número de vítimas seria maior que 200 mil pessoas, nos últimos 54 anos, sendo que de cada dez, oito são civis. No entanto, as Farc-EP consideram que o Estado é o responsável pela ação e omissão do acontecido durante o conflito e, de acordo com o grupo guerrilheiro, é o primeiro que deve pedir perdão.
Com informações da Prensa Latina,
Da redação do Vermelho
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