Venezuela e Colômbia buscam retomar relações bilaterais

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deu as boas-vindas a Holguín desde um Conselho de Ministros transmitido pelo canal estatal VTVe assinalou que seu Governo tem oito propostas para fazer a delegação colombiana que visita o país durante o encontro desta manhã. 

Maduro informou que os outros ministros da Colômbia que acompanham a chanceler devem instalar, junto aos ministros venezuelanos, mesas de trabalho em áreas como a luta contra o contrabando e energia. “Vão coordenar múltiplos temas que nos propusemos trabalhar para uma coexistência pacífica entre o modelo socialista bolivariano e o modelo colombiano. Por uma convivência respeitosa entre dois sistemas”, disse.

Sobre a luta conjunta para erradicar o contrabando, o presidente venezuelano manifestou que este encontro ministerial permitirá lançar uma ofensiva contra este problema que compete a ambos os países. No dia 22 de julho, o mandatário havia selado o compromisso, junto ao homólogo colombiano Juan Manuel Santos, de “combater todos os ilícitos e todas as manifestações de delito e criminalidade” na fronteira entre os dos países.

“Estão inundando com produtos de contrabando, roubados da Venezuela, o mercado da fronteira na Colômbia”, alertou Maduro que informou sobre a instalação de uma mesa com a Força Armada Nacional Bolivariana e o Governo Nacional para acabar com o traslado ilegal de produtos ao país vizinho.

Reunião privada

Maduro e Santos protagonizaram um acordo sob a premissa de “recuperar o tempo perdido” em um encontro privado em Puerto Ayacucho, região de fronteira, em julho. Durante a conversa buscaram virar a página do conflito diplomático aberto em maio, durante a visita do líder opositor venezuelano Henrique Capriles à capital Bogotá.

Divergência

A retórica entre Venezuela e Colômbia começou no final do mês de maio, quando Capriles, que não reconhece o triunfo de Maduro nas eleições de abril, foi recebido por Santos na Casa do Governo colombiano quando realizava uma visita para denunciar o que ele chamou de “fraude eleitoral”.

Com informações da AVN e de agências internacionais
Da redação do Vermelho