PCdoB-CE: Fórum de Movimentos Sociais discute novas ações
Em reunião realizada na noite desta quinta-feira (01/08), na sede do Comitê Municipal do PCdoB de Fortaleza, o Fórum Estadual dos Movimentos Sociais fez um balanço das atividades realizadas nos últimos meses e apresentou propostas de novas ações a serem articuladas.
Publicado 02/08/2013 08:51 | Editado 04/03/2020 16:28
Representantes de diversos segmentos dos movimentos sociais do Ceará participaram do encontro realizado em Fortaleza. Durante a reunião, foram apresentados informes de cada categoria e defendida a necessidade de unificar bandeiras para fortalecer o movimento popular.
Para o presidente estadual do PCdoB no Ceará, Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), os movimentos sociais ganharam forças com as manifestações realizadas no país nos últimos meses. “Sem o povo nas ruas, não teremos reformas profundas no país”.
O líder comunista fez um balanço do início dos levantes, que tiveram seu ápice no mês de junho, recordando como foram iniciados os protestos. “Começou em São Paulo, com a luta pela redução da tarifa do transporte público. Após uma forte repressão policial, o movimento adquiriu expressão nacional com grande impacto político”. “Agora os atos passaram a ser dirigidos pelo movimento social. Exemplo disso foi o Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, realizado no dia 11 de julho, com manifestações em todo o país”, ressalta o líder comunista.
Carlos Augusto ratifica que “as manifestações expressam o desejo do povo”. “Precisamos extrair lições desses protestos que tomaram dimensão nacional. Nós, que fazemos parte do PCdoB e sempre apostamos nos movimentos sociais, devemos aproveitar este processo em que estamos realizando encontros do 13º Congresso do PCdoB para convocar nossa militância e reforçar as bandeiras populares junto às demais frentes e secretarias do Partido, sempre buscando um trabalho articulado”.
O dirigente defende ainda que o PCdoB deve assumir papel protagonista nessa nova fase de disputa. “Devemos unir as forças progressistas, movimentos sociais, sindicais, setores do parlamento, do governo e intelectuais com o objetivo de apresentar uma plataforma comum indicando um rumo para este processo de mudança. Sem articulação, não há manifestação unitária em Fortaleza e o PCdoB precisa tomar a frente dessas ações”, conclama.
Patinhas propõe a apresentação de uma resolução que vise construir uma agenda de manifestações com bandeiras gerais, mas sem esquecer as lutas específicas de cada frente. “É na rua que vamos ganhar forças. Devemos promover um ambiente de união com os demais partidos de esquerdas e as diversas entidades movimentos sociais”.
Luciano Simplício, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Ceará (CTB-CE), destacou o permanente desafio de articular os diversos setores dos movimentos sociais para as manifestações organizadas. Em sua intervenção, ele avaliou a atividade realizada em Fortaleza no dia 11 de julho de forma positiva. “Consideramos este um dia histórico, com a unidade das centrais sindicais em torno de bandeiras em defesa da classe trabalhadora”.
O sindicalista apresentou ainda o calendário de atividades que deve mobilizar os movimentos sociais nos próximos meses, dentre eles o Dia Estadual de Lutas, que deverá acontecer no dia 20 de agosto; o Grito dos Excluídos, no dia 7 de setembro; e ainda a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando deverá ser anunciado novo aumento da taxa de juros. “Não podemos permitir que milhões de reais sejam destinados a pagar juros de dívidas do país. Tanto nesta atividade como nas demais, nosso intuito é continuar impulsionando as bandeiras da classe trabalhadora, articular as entidades para termos sucesso na nossa empreitada. Comunista vive de desafios”, concluiu Simplício.
A reunião seguiu com a participação de representantes das diversas frentes. Durante o encontro foram apresentados informes sobre atividades e ainda avaliação das ações dos movimentos sociais.
De Fortaleza,
Carolina Campos