Parlamentares cearenses apoiam movimento médico

Durante toda a manhã, a diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (SIMEC) realizou um café da manhã com entidades médicas do Ceará, diretores dos Centros Acadêmicos das faculdades de medicina, coordenadores dos cursos de medicina do Ceará, representantes dos médicos residentes, deputados e vereadores para discutir as medidas tomadas pelo Governo Federal na área da saúde.

José Maria Pontes, presidente do SIMEC, abriu a reunião reafirmando aos parlamentares que o problema da saúde no Brasil não é a falta de médicos, mas as condições de trabalho impostas para a categoria.

O presidente do Conselho Federal de Medicina, Ivan Moura Fé, lembrou que o Estado não faz concurso público há sete anos e isso dificulta a ida de médicos para o interior. Já a presidente da Associação Médica Cearense, Sidneuma Ventura, disse que os médicos têm que permanecer unidos “em prol da saúde pública, porque só assim podemos oferecer uma saúde de qualidade".

O deputado federal e médico, João Ananias (PCdoB-CE), concordou que contratar médicos de outros países não é a solução para melhorar a saúde pública no Brasil. "Podem trazer 50 mil médicos do exterior que nosso problema não será resolvido. Essa é uma luta justa, não é uma luta insana. Insano é isso aqui que foi colocado sem discussão" disse o deputado referindo-se aos vetos à Lei do Ato Médico.

Assim como os demais parlamentares presentes, o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB), também médico, deixou o seu total apoio à categoria médica para derrubar no Congresso Nacional os vetos da presidente Dilma ao Ato Médico e prometeu votar contra a Medida Provisória do Governo que libera a entrada de médicos estrangeiros no serviço de saúde e aumenta em dois anos a formação em Medicina.

Outros parlamentares participaram da reunião, entre eles, os deputados estaduais Fernando Hugo (PSDB), Lula Morais (PCdoB) e Heitor Ferrer (PDT), o vereador de Fortaleza Iraguassu Texeira (PDT) e o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE).

Mobilização

No período da tarde, os médicos se concentraram no Terminal de ônibus do Papicu para mostrar fotos da realidade enfrentada pela categoria no dia a dia nos postos de saúde e de hospitais. "O objetivo é conscientizar a população que não temos culpa pelo desconforto das estruturas físicas das unidades de saúde, pela falta de medicamentos, de leitos nos hospitais e nas UTIs, nem pelas longas filas de espera por consultas especializadas na rede SUS", ratifica a médica Mayra Pinheiro.

No terminal, além de conversar muito com os usuários do transporte coletivo da capital, a categoria distribuiu a nota oficial feita pelas entidades médicas, que foi publicada nos jornais.

Fonte: SIMEC