Mais de 210 mil espanhóis pedem demissão de Rajoy

A organização internacional Avaaz apresentou nesa quarta-feira (24) em Madri mais de 210 mil assinaturas recolhidas para exigir a demissão do presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, manchado por vários escândalos de corrupção em seu partido.

Mediante as assinaturas, entregues ao Congresso dos Deputados, esta plataforma civil global pediu "verdade ou demissão" a Rajoy, que em 1º de agosto comparecerá à Câmara baixa para, segundo disse, dar sua versão sobre as acusações contra o Partido Popular (PP).

Há 10 dias, o ex-tesoureiro do PP Luis Bárcenas confessou ante a justiça ter abonado dívidas de altos cargos populares, incluído do próprio governante, como parte de uma contabilidade paralela gerenciada por ele no seio da organização conservadora.

Depois de reunir-se com os grupos da oposição no Congresso, o diretor das campanhas de Avaaz, Luis Morago, explicou à imprensa que com esta iniciativa pretendem chamar o chefe do Executivo a explicar totalmente as denúncias formuladas pelo outrora contador.

Morago desafiou a direita no poder a assumir suas responsabilidades e a empreender ações contundentes para evitar que casos como este se repitam no futuro.

Expressou preocupação com o que denominou de bomba-relógio que, segundo seu critério, representa o denominado caso Bárcenas no coração da democracia.

Morago também mostrou sua inquietude ante a possibilidade de que o comparecimento de Rajoy seja menos que "uma desculpa" e o início de uma cruzada de acusações com a oposição.

Fez questão de que se o presidente do Governo e do PP não contar toda a verdade, a proposta do Avaaz é que renuncie e convoque eleições antecipadas.

Ainda que considerou uma boa notícia sua decisão de ir à Câmara baixa, advertiu que por si só não garante a transparência e responsabilidade política que demanda grande parte da cidadania para dar um fim à corrupção e recuperar a confiança nas instituições públicas.

Criada em 2007 e disseminada em numerosas cidades do mundo, a organização não governamental promove o ativismo cidadão em assuntos como a mudança climática, os direitos humanos, a corrupção e a pobreza, entre outros assuntos.

Fonte: Prensa Latina