Mais de 210 mil espanhóis pedem demissão de Rajoy
A organização internacional Avaaz apresentou nesa quarta-feira (24) em Madri mais de 210 mil assinaturas recolhidas para exigir a demissão do presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, manchado por vários escândalos de corrupção em seu partido.
Publicado 24/07/2013 14:58
Mediante as assinaturas, entregues ao Congresso dos Deputados, esta plataforma civil global pediu "verdade ou demissão" a Rajoy, que em 1º de agosto comparecerá à Câmara baixa para, segundo disse, dar sua versão sobre as acusações contra o Partido Popular (PP).
Há 10 dias, o ex-tesoureiro do PP Luis Bárcenas confessou ante a justiça ter abonado dívidas de altos cargos populares, incluído do próprio governante, como parte de uma contabilidade paralela gerenciada por ele no seio da organização conservadora.
Depois de reunir-se com os grupos da oposição no Congresso, o diretor das campanhas de Avaaz, Luis Morago, explicou à imprensa que com esta iniciativa pretendem chamar o chefe do Executivo a explicar totalmente as denúncias formuladas pelo outrora contador.
Morago desafiou a direita no poder a assumir suas responsabilidades e a empreender ações contundentes para evitar que casos como este se repitam no futuro.
Expressou preocupação com o que denominou de bomba-relógio que, segundo seu critério, representa o denominado caso Bárcenas no coração da democracia.
Morago também mostrou sua inquietude ante a possibilidade de que o comparecimento de Rajoy seja menos que "uma desculpa" e o início de uma cruzada de acusações com a oposição.
Fez questão de que se o presidente do Governo e do PP não contar toda a verdade, a proposta do Avaaz é que renuncie e convoque eleições antecipadas.
Ainda que considerou uma boa notícia sua decisão de ir à Câmara baixa, advertiu que por si só não garante a transparência e responsabilidade política que demanda grande parte da cidadania para dar um fim à corrupção e recuperar a confiança nas instituições públicas.
Criada em 2007 e disseminada em numerosas cidades do mundo, a organização não governamental promove o ativismo cidadão em assuntos como a mudança climática, os direitos humanos, a corrupção e a pobreza, entre outros assuntos.
Fonte: Prensa Latina