Aliança das Civilizações pede diálogo intercultural reconciliador
Preocupado com a intensificação dos atos de violência em todo o mundo com base na etnia e religião, o Alto Representante para a Aliança das Civilizações da Organização das Nações Unidas (ONU), Nassir Abdulaziz Al-Nasser, pede que as causas dessa violência sejam discutidas e que o diálogo e a tolerância sejam promovidos. Suas declarações foram publicadas na página em português da organização, nesta segunda-feira (22).
Publicado 23/07/2013 09:04
“Os atos de violência levam ao incitamento ao ódio, racismo e xenofobia, que muitas vezes levam à instabilidade nacional, regional e internacional”, disse.
”Esses atos são contrários aos valores da Aliança das Civilizações, que está se esforçando para promover valores como a diversidade cultural, inclusão, tolerância religiosa e diálogo, conformidade com a Carta das Nações Unidas.”
Al-Nasser pediu aos líderes religiosos e políticos envolvidos para resolver as causas profundas da violência étnica e religiosa e defender o Estado de Direito, bem como participar nos esforços de diplomacia preventiva, com o objetivo de assegurar a paz e a segurança, e a proteção dos direitos humanos.
Lançada em 2005 por iniciativa da Espanha e da Turquia, e sob os auspícios das Nações Unidas, a Aliança visa promover a melhoria das relações interculturais em todo o mundo.
Al-Nasser convocou líderes políticos e religiosos comprometidos a abordarem as raízes das causas da violência étnica e religiosa e garantir o direito assim como engajar em esforços de diplomacia preventiva, com o objetivo de garantir a paz e a segurança, proteger os direitos humanos e fortalecer o empenho para um desenvolvimento sustentável.
Além disso, cientistas políticos de todo o mundo criticam teses baseadas nos "choques de civilizações" e a instrumentalização de identidades étnicas, religiosas e culturais por líderes políticos para a mobilização e manipulação das massas no sentido da violência, políticas nas quais os meios de comunicação desempenham um papel fundamental.
Com informações da Organização das Nações Unidas
Da redação do Vermelho