Agência da ONU alerta para perigo de reatores nucleares antigos
Mais de 40 por cento dos reatores nucleares no mundo ultrapassam os 30 anos, o que propõe um problema de segurança, destaca um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgado na última sexta-feira (19).
Publicado 20/07/2013 05:02
De acordo com a AIEA, dos 437 reatores localizados em 31 países, 184 têm três décadas de vida e deles 22 levam mais de 40 anos em atividade.
"A exploração de centrais a longo tempo e seu envelhecimento constitui um desafio constante para as autoridades de regulação, os operadores e os serviços públicos", destaca o documento.
Com o tempo se degradam os componentes eletrônicos, o aço, os cabos elétricos, os geradores de vapor, mas sobretudo as vasilhas de contenção e os sistemas de refrigeração das piscinas.
Na França as centrais mais antigas são as de Fessenheim (1978), Bugey (1979) e Tricastin (1980).
Durante a última semana dezenas de manifestantes penetraram na instalação de Tricastin, localizada no departamento de Drome, para exigir às autoridades o fechamento dessa usina, considerada entre as mais cinco perigosas do país.
O presidente François Hollande prometeu durante sua campanha eleitoral reduzir de 75 para 50 por cento o peso da energia nuclear na geração de eletricidade, uma iniciativa apoiada pelos ecologistas e outros setores, mas rechaçada pelo Movimento de Empresas da França.
Prensa Latina