Copom espera retomada de investimentos e crescimento do consumo
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) espera pela retomada dos investimentos e continuidade do crescimento do consumo das famílias. A avaliação está na ata da última reunião do Copom, divulgada nesta quinta (18).
Publicado 18/07/2013 10:02
Para conter a inflação, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic em 0,25 ponto percentual em abril, e em 0,5 ponto percentual em maio e no último dia 10. Atualmente, a Selic está em 8,5% ao ano.
De acordo com a ata, informações recentes indicam a retomada dos investimentos e a continuidade do crescimento do consumo das famílias, favorecido pelas transferências públicas e pelo vigor do mercado de trabalho. Segundo a ata, no mercado de trabalho as taxas de desemprego estão historicamente baixas e há crescimento dos salários.
Para o Copom, de modo geral, o consumo e o investimento tendem a ser beneficiados por efeitos de ações de política fiscal, pela expansão da oferta de crédito para pessoas físicas e empresas e pelo programa de concessão de serviços públicos. “No entanto, o comitê nota que a velocidade de materialização desses ganhos esperados pode ser contida caso não ocorra reversão tempestiva do declínio que ora se registra na confiança de firmas e famílias”.
O aumento foi amplamente criticado por setores progressistas do país. Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, a medida é uma ilusão pensar que aumentar os juros resolve o problema. "O Banco Central não prescreveu remédio, mas veneno e em dose cavalar. Este veneno vai agravar a situação econômica, principalmente do ponto de vista dos trabalhadores, agrava os problemas sociais do país. A medida do Banco Central passa longe, muito longe dos interesses do povo e nacionais. É uma rendição à oligarquia financeira, que ainda dá as cartas na política macroeconômica do país”, declarou o dirigente sindical.
Reajuste da gasolina
O Copom manteve a projeção de reajuste de 5% no preço da gasolina, este ano. Também não houve alteração na estimativa de recuo de cerca de 15% na tarifa residencial de eletricidade.
“Essa estimativa leva em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas, bem como reajustes e revisões tarifárias ordinários programados para este ano”, explica o Copom.
A projeção para o preço do botijão de gás é de estabilidade e, para a telefonia fixa, a expectativa é redução de 2%, neste ano. Essas estimativas são as mesmas divulgadas em maio.
Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, em 2013, a projeção foi reduzida para 1,8%, contra 2,55 previstos em maio. Essa estimativa “incorpora a recente revogação de reajustes nas tarifas de transporte urbano”. Para 2014, a estimativa foi mantida em 4,5%.
Da redação,
com informações da Agência Brasil