Ativistas e empresários pedem a Obama mais transparência na NSA

Pelo menos 63 empresas de tecnologia, investidores e grupos comerciais, pediram nesta quinta-feira (18) ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, maior liberdade para informar periodicamente sobre o número de petições que recebem do governo em seus programas de vigilância.

Muitas das companhias mais importantes do setor de tecnologia se uniram a grupos defensores das liberdades civis para exigir em uma carta a Obama e a líderes do Congresso transparência em relação a estas atividades de espionagem realizadas pela Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês).

Apple, Google, Facebook e Microsoft são parte dos assinantes do comunicado publicado nesta quinta-feira, na qual propõe que as empresas de Internet e de telecomunicações possam oferecer mais detalhes sobre as solicitações da Casa Branca, segundo a página digital AllThingsD, dedicada a análise e temas de tecnologia.

Entre os pontos expostos pela aliança está permitir que sejam publicados relatórios periódicos sobre o número de solicitações do governo para obter dados de seus usuários; cifra de indivíduos, contas ou dispositivos para os quais a informação foi solicitada; assim como a quantidade de petições que procuravam conteúdos de comunicações.

A coalizão também pede que o governo comece a emitir um relatório de transparência com elementos básicos sobre como tudo é utilizado, de acordo com a cópia da carta obtida pela mesma página.

Além das mencionadas, também se incluem Dropbox, LinkedIn, Mozilla, salesforce.com, Tumblr, Twitter, Yahoo, Electronic Frontier Foundation, a União Americana de Liberdades Civis, o Centro para a Democracia e Tecnologia, The Computer & Communications Industry Association, e a Fundação Wikimedia, entre outras.

A carta é talvez o chamado mais forte sobre a necessidade de maior divulgação do governo em relação ao monitoramento das comunicações digitais, enfatizou a AllThingsD.

"Assim como os Estados Unidos foram inovadores em relação à Internet e produtos e serviços que dependem da Internet, também deveriam ser inovadores em relação à criação de mecanismos para garantir que o governo seja transparente, respeituoso e responsável perante as liberdades civis e os direitos humanos", sublinham os assinantes.

Jornais como The Guardian e The Washington Post revelaram em junho como os serviços de inteligência dos Estados Unidos monitoram diretamente os servidores das principais companhias de Internet, incluindo as maiores provedoras desses serviços, entre elas Microsoft, Facebook, Google e Yahoo.

A denúncia feita pelo ex-funcionário terceirizado da NSA, Edward Snowden, atualmente perseguido por Washington, trouxe à tona como foram obtidos áudios, vídeos, chats, fotografias, e-mails, documentos e registros de conexão para analisar alvos estrangeiros através do programa chamado PRISM, ativo desde 2007.

Fonte: Prensa Latina