Homens armados ocupam posto militar israelense no Golã sírio
Dois homens armados, suspeitos de integrarem os grupos que atuam no conflito da Síria, infiltraram-se nesta terça-feira (17) à noite em um posto vazio do Exército israelense, na zona de Tel Faris, ocupada por Israel e situada no sul das Colinas de Golã (que fica na fronteira entre os dois países).
Publicado 17/07/2013 12:41
Os dois foram vistos pelas forças israelenses em uma patrulha rotineira pela zona, o que deu lugar a uma troca de tiros. Os dois homens fugiram da zona antes que as tropas chegassem, de acordo com fontes oficiais israelenses.
Segundo um porta-voz do Exército de Israel, antes disso, projéteis de morteiro disparados desde o interior da Síria haviam atingido o norte das Colinas de Golã, sem causar vítimas.
No mês passado, militantes de grupos extremistas que atuam na Síria tomaram brevemente a passagem de Cuneitra, entre a Síria e as Colinas do Golã, mas o Exército sírio retomou a zona.
Conselho de Segurança amplia e estende missão da ONU no Golã
Áustria anuncia retirada de tropas de missão da ONU no Golã sírio
No transcurso dos enfrentamentos entre as forças sírias e os grupos armados, a Áustria anunciou, em junho, a retirada das suas tropas parte da Força da ONU para Observação do Desengajamento, presente na região desde 1974, para monitorar o cessar-fogo entre Israel e a Síria.
O regime israelense ocupou as Colinas do Golã da Síria, durante a Guerra dos Seis Dias de 1967, quando também tomou o controle da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, territórios palestinos.
Em 1981 Israel anexou a zona ocupada, ainda que a ação não tenha sido reconhecida pela comunidade internacional, considerando-a uma violação do direito internacional e da norma internacional contemporânea.
Enquanto isso, o regime israelense aumentou recentemente as suas atividades militares no território sírio ocupado.
A Síria enfrenta um conflito armado interno desde 2011, provocado por grupos armados, muitos compostos por mercenários estrangeiros, que desempenham atos de terrorismo nas principais cidades do país, com o apoio e financiamento de vizinhos regionais e dos EUA. A Síria é considerada um eixo da resistência árabe contra as ações agressivas de Israel.
Com HispanTV
Da redação do Vermelho