Dilma rechaça pessimismo; "dados desmentem análises negativas"
A presidenta Dilma Rousseff rechaçou nesta quarta-feira (17), em Brasília, o que chamou de "posturas pessimistas" relacionadas à economia brasileira. Dilma disse que ainda há o que ser melhorado, mas os avanços não podem ser ignorados.
Publicado 17/07/2013 14:28
"Aproveito para repelir as posturas pessimistas quanto à economia brasileira, hoje e num futuro próximo. Há dados concretos que desmentem as análises mais negativas", disse a presidenta a uma plateia formada por empresários, representantes do governo e da sociedade civil, reunidos na reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Itamaraty.
A presidenta assegurou que a inflação ficará dentro da meta este ano no país. A meta para 2013 é 4,5%, podendo variar 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, de 2,5% a 6,5%
“Temos certeza de que vamos fechar o ano com a inflação dentro da meta. Sabemos que a inflação no país tem caráter ciclossazonal. Agora estamos na faixa da baixa da inflação, assim como estivemos em um momento de pressão inflacionária, fruto de algumas questões que não controlamos. Mas temos certeza de que vamos fechar o ano com a inflação dentro da meta", afirmou.
Dilma criticou o que chamou de “informações parciais”, que criam um “ambiente de pessimismo que não é bom para o Brasil”. Segundo ela, há “dados concretos que desmentem análises mais negativas. Para Dilma, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar “próximo de zero”.
“É incorreto falar de descontrole da inflação ou das despesas do governo. É desrespeito aos dados, à lógica, para dizer o mínimo. A informação parcial, da forma como muitas vezes é explorada, confunde a opinião publica e pode criar um ambiente de pessimismo que não interessa a nenhum de nós”, disse ela.
"Temos mais condições na nossa economia do que tivemos em anos passados e isso é uma verdade que tem sido ignorada", acrescentou. "Não estou dizendo que não temos o que melhorar, mas temos a força necessária para fazê-lo, porque a conquistamos e a construímos".
Na avaliação de Dilma, o maior obstáculo que o país sofreu para seu desenvolvimento foi a desigualdade, "sob todas as formas". Ela mencionou, por exemplo, disparidades regionais, raciais, de gênero e também a desproporção entre as empresas.
A presidenta admitiu que, embora enfrente dificuldades, o país tem hoje, “estruturalmente”, melhores condições na economia do que no passado. De acordo com Dilma, a instabilidade do cenário internacional prejudicou a economia brasileira, mas a crise global não é “justificativa” para que os “obstáculos impostos não sejam enfrentados”.
A crise torna as carências “mais complexas e mais danosas”, mas isso é um motivo para combatê-las com “mais força”, disse a presidenta. Ela destacou, porém, que o país tem capacidade de enfrentar os problemas da crise no “front externo”. “Temos quantidade de reserva que permite que enfrentemos momento de ajuste conjuntural”, afirmou.
Ela lembrou ainda que a luta da população por mais direitos é algo que honra o país e que seu dever, como governante, é transformar essas demandas em ações práticas de governo. Segundo ela, nas manifestações as pessoas pediram mais direitos, democracia e conquistas sociais. Os cinco pactos propostos pela presidenta foram debatidos na reunião – estabilidade, mobilidade urbana, educação, saúde e reforma política.
Com informações das agências