Defensoria Pública exige que camponeses e governo retomem diálogo
Na Colômbia,o defensor público, Jorge Armando Otálora, pediu para o governo e os líderes camponeses do Catatumbro, que estão em greve há 38 dias, para retomem as negociações e busquem uma saída para a crise na região.
Publicado 17/07/2013 11:05
Em seu chamado, pediu para as partes buscarem o caminho do diálogo para evitar que continuem os protestos que levem a morte como já ocorreu desde que as manifestações se iniciaram e deixou quatro mortos e dezenas de feridos.
O governo tenta pressionar os agricultores para que desbloqueiem as vias, mas os manifestantes reiteraram que não farão até chegar a um acordo sobre as especificações das demandas que exigem, entre elas a declaração de uma Zona de Reserva Camponesa.
A greve do Catatumbo continua se complicando enquanto os camponeses, cansados por um abandono estatal de mais de sete décadas, continuam em resistência enfrentando constantes investidas da força pública que na véspera voltou a reprimi-los com bombas de efeito moral e balas de borracha.
Os camponeses denunciaram que o Exército também bloquearam o sinal dos celulares. Segundo os cálculos dos manifestantes, cerca de sete mil policiais foram mandados para a região.
O presidente Juan Manuel Santos voltou a exigir para os agricultores que desbloqueiem as vias. Em um discurso público na véspera foi taxativo: “Nunca vou permitir que me imponham o estabelecimento de zonas de reserva camponesa”.
Estes assunto das zonas de reserva, principal demanda dos camponeses, tem sido um dos pontos que o governo não quer mexer na mesa de diálogos. Os agricultores pedem essa declaração para evitar o avanço do latifúndio que produziu-se na região com o paramilitarismo.
As zonas foram estabelecidas em 1994 pela lei 160 como uma figura de ordenamento territorial para consolidar a sobrevivência e a economia rural. Os camponeses também insistem em um palno piloto para substituir os cultivos ilegais, a situação dos direitos humanos na região e subsídios para acabar com a crise alimentar e melhores condições de vida.
Fonte: Prensa Latina