Exército acha lugar em Damasco onde eram feitas armas químicas

O Exército Árabe Sírio encontrou nesta segunda-feira (15) uma oficina onde se fabricavam e armazenavam substâncias químicas tóxicas em um esconderijo de um bando armado localizado no bairro de Jobar, na periferia de Damasco.

Grandes quantidades de cloro permaneciam no local clandestino, enquanto que outras substâncias eram de fabricação estrangeira, alguns com a inscrição: Feito na Arábia Saudita, destacou a agência de notícias SANA.

Foram confiscadas também armas de diferentes tipos e dezenas de granadas vazias de morteiros, que estavam sendo preparadas para serem recheadas com as substâncias fatais, explicou.

Na reportagem foram lembrados vários ataques com armas químicas que causaram a morte de dezenas de pessoas, das quais Damasco acusa os grupos mercenários que contam com apoio incondicional logístico e financeiro de administrações ocidentais e regionais para derrubar o governo.

Um míssil de fabricação caseira lançado por terroristas matou no dia 19 de março em Khan Al-Assal, província de Alepo, 25 pessoas e deixou ao redor de 110 feridas, motivo pelo qual as autoridades sírias pediram imediatamente à ONU uma investigação.

No entanto, o tema foi manipulado por potências como Estados Unidos, Reino Unido e França para tentar acusar o governo e promover um conjunto de medidas hostis contra ele, entre as quais se considera inclusive a possibilidade de uma intervenção militar estrangeira.

Neste domingo (17), unidades das Forças Armadas combateram terroristas da Frente Al-Nusra no povoado de Kabayeb, na estrada de Deir Ezzor a Damasco.

Durante os combates foram abatidos vários dos terroristas que bloqueavam as estradas e atacavam civis na região, informou a agência de notícias SANA.

Ela destacou também que o Exército libanês apreendeu uma caminhonete que se dirigia à Síria carregada com armas, munições e granadas em um ponto de controle da região de Arsal, enquanto deteve cinco ocupantes: dois sírios, dois palestinos e um libanês integrantes da Al-Nusra.

Também no domingo, um suicida da facção filiada à rede Al-Qaida, que procura impor um califado islâmico no país, detonou um carro bomba em frente à delegacia de Deir Attieh, na estrada entre a cidade de Homs e Damasco, ação que custou a vida de pelo menos 40 pessoas.

Dos mortos, 20 são civis, explicou à Prensa Latina uma fonte próxima ao comando militar sírio que preferiu o anonimato.

As operações contra mercenários se estenderam às províncias de Idleb, Alepo, Homs, Hassakeh, Deraa e Damasco Campo, em confrontos onde foram detidos um número indeterminado de opositores e apreendidas grandes quantidades de equipamento militar e meios de transporte, agregou a SANA.

Fonte: Prensa Latina