Sempre fui perseguida pelo Estado, diz Piedad Córdoba
A ex-senadora colombiana,Piedad Córdoba, defensora dos direitos humanos, afirmou nesta quinta-feira (11) que os organismos de segurança do Estado sempre a perseguiram.
Publicado 11/07/2013 15:04
“Gostaríamos de ver um Exército de policiais patriotas neste país, que se preocupassem com a vida, segurança e bem-estar das pessoas”, expressou a advogada e política em entrevista para a revista colombiana Semana, onde responsabilizou os meios de comunicação e funcionários de continuarem fazendo julgamentos sem provas.
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Após destacar que não faz parte das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), mas está comprometida para conseguir a paz na Colômbia, ressaltou como “existe um setor convencido de que quem pensa diferente é uma ameaça aos seus privilégios, para a concentração da riqueza”.
Córdoba expressou que não há infiltrações nos protestos no Catatumbo – região norte daquele país, onde camponeses pedem, entre outras demandas, uma zona de reserva camponesa – como declarou na última sexta (5) o Ministério da Defesa com supostas provas que vinculam os líderes camponeses com a guerrilha.
“As pessoas se sentem insatisfeitas, porque há mais de 90% da população sem água potável, sem serviços de saúde, mais de 150 mil pessoas não sabem ler nem escrever, isso não tem nada a ver com as Farc-EP, mas com a falta de desenvolvimento por parte do Estado”, manifestou.
Ao ser questionada sobre como o avanço dos diálogos entre essa força insurgente e o governo, que transcorrem em Cuba desde novembro de 2012, considerou que em sua opinião vão bem, com os obstáculos e as dificuldades de um processo de paz tão difícil, de uma guerra de tantos anos.
A porta-voz do movimento Marcha Patriótica defendeu que o governo faça uma mesa com o Exército de Libertação Nacional (ELN) e o Exército Popular de Libertação (EPL).
Fonte: Prensa Latina