Mês sagrado do Islã deve ser de justiça e paz, diz ministro sírio
O ministro de Assuntos Religiosos e de Culto da Síria, Muhammad Abdul Saltar al-Sayyed, estimou que o país inicia nesta quarta-feira (10) o mês sagrado para o Islã, o Ramadã, em condições difíceis, afetado por uma guerra de que, considerou, a Síria sairá vitoriosa. Em entrevista concedida na noite desta terça (9) na televisão nacional, o titular explicou que o país enfrenta uma investida a nível político, social e econômico que ameaça a segurança, a estabilidade e a unidade nacional.
Publicado 10/07/2013 09:22
Mas com o patriotismo, dignidade, determinação e fé do povo sírio, sairemos vitoriosos desta crise e com a cabeça erguida, asseverou.
Al-Sayyed analisou os valores presentes no Corão, de onde o Islã obtém a sua essência, e considerou que “o Ramadã constitui um chamado para fazer o bem, praticar a justiça e generosidade, e dar ênfase no amor ao próximo”.
“A palavra Ramadã equivale a harmonia, não a homicídios e confrontações; o Islã veio para unir, salvaguardar e construir, entre todos”, disse.
O ministro rechaçou, neste sentido, os chamados dos extremistas em vários países da região a desenvolver a “jihad” como “guerra santa” na Síria, mas esclareceu que “a jihad, do Islã, é uma luta pelo bem, pelo desenvolvimento e pela defesa da pátria e da religião”, ou seja, é um conceito instrumentalizado negativamente pelos grupos armados fundamentalistas.
Al-Sayyed, refletindo em termos religiosos sobre a guerra na Síria, neste início de Ramadã, diz que “ignorar a essência do Islã leva ao sectarismo, ao fundamentalismo e ao terrorismo de alguns muçulmanos que chamam ao extermínio de quem não professe a sua fé”.
“O Islã não conhece minorias ou maiores que se imponham sobre o resto, mas compele à formação de valores na cidadania, e rechaça o terrorismo intelectual e a ideologia takfiri (extremista)”, sublinhou.
Para iniciar o Ramadã, al-Sayyed fez votos de que prevaleça a fé, a segurança, a paz e a tranquilidade na Síria durante a celebração deste mês sagrado para o Islã.
Com Prensa Latina