Cimeira Social do Mercosul e cúpula debatem integração e projetos
Com um programa de oito oficinas, começa nesta quarta-feira (10) a Cimeira Social do Mercado Comum do Sul (Mercosul), que será encerrada na quinta (11), pelo presidente uruguaio José Mujica. O evento de dois dias acontece às vésperas da reunião semestral de mandatários do bloco integracionista, a ser realizado em Montevidéu nesta sexta (12).
Publicado 10/07/2013 10:05
As oficinas abarcam temas como a “Educação em Direitos Humanos, A Mídia e as TICs, Desenvolvimento Produtivo e Inclusão Social, Migração e Direitos Humanos, Tecnologias Sociais Orientadas ao Desenvolvimento e à Discapacidade, Educação e Cultura, e Igualdade e Não-discriminação”.
Da mesma forma, em ambas as jornadas haverá sessões das reuniões da Coordenação de Centrais Sindicais do Cone Sul, e será feita uma avaliação e seguimento das cimeiras sociais.
Paralelamente, também acontece na capital uruguaia o Segundo Foro Empresarial do Mercosul, que reúne em três painéis empresários e autoridades da região.
Desenvolvimento econômico e integração regional
A Venezuela, que assumirá nesta sexta (12) a presidência pro-tempore do Mercosul, impulsionará um instrumento de financiamento em conjunto com o Banco do Sul, enfocado no desenvolvimento econômico dos países do bloco regional, de acordo com o chanceler venezuelano Elias Jaua, em entrevista à emissora TeleSur.
Jaua anunciou também a criação de uma agenda social em que figurem projetos de alfabetização, saúde e participação laboral, assim como a de uma interconexão entre o Mercosul e o espaço econômico da aliança Petrocaribe.
“Tudo isso, com o fim de avançar para uma grande zona de comércio justo, econômico e produtivo na América Latina e no Caribe”, explicou.
Com relação aos desafios que o país enfrentará durante os seis meses da sua presidência, o chanceler destacou que semelhante conjuntura “constitui o desafio para usar uma plataforma industrial que a Venezuela tem, e que foi construída ao longo dos 14 anos de Revolução Bolivariana”, referindo-se ao início do governo do falecido presidente Hugo Chávez.
Sobre a volta do Paraguai, suspenso em 2012 após a destituição do presidente Fernando Lugo (uma “ruptura da ordem democrática” condenada pelo Mercosul e pela União de Nações do Sul, Unasul), Jaua insistiu que a Venezuela concorda com a reincorporação do país uma vez que o presidente, Horacio Cartes, eleito pelo voto popular, assuma a liderança.
“Faremos tudo o que for necessário para que o Paraguai se incorpore ao Mercosul durante a presidência pro-tempore da Venezuela”, manifestou o chanceler.
Jaua disse também que “é o imperialismo norte-americano o único a quem interessa ter uma região fragmentada, mas os povos da América Latina entenderam que a única maneira de superar os nossos problemas estruturais é unido”.
Sobre o assunto, assegurou que a Venezuela, em seu papel de motivadora, facilitadora e promotora seguirá adiante apoiando a consolidação dos distintos espaços de integração na área, como a Unasul e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Com Prensa Latina