Hondurenhos não se sentem seguros no país
O Comissariado Nacional para os Direitos Humanos (Conadeh) de Honduras divulgou esta semana o resultado da pesquisa que revela a insegurança da população de Honduras. Cerca de 75% não se sente seguro nas ruas, este percentual sobe a 77% nos mercados e cai um pouco, 65%, quando se trata de shopping centeres, onde se imagina um reforço de segurança. Porém, os transportes públicos são os locais que inspiram mais insegurança, 74% temem ser vitima de delinquentes quando aborda o transporte público.
Publicado 06/07/2013 16:16
O mais curioso dos dados é o que mostra que pelo menos três em cada dez hondurenhos não se sentem seguros nem na igreja e nem em casa, 30%. Para se sentir mais protegidos da violência, a população hondurenha está transformando suas residências em verdadeiras fortalezas, ou como fala o relatório da Conadeh em "cárceres”, ao equipá-las com portões fortificados, grades e cadeados (50%), alarmes(15%) e até mesmo confiar vigilância cães de guarda(46%).
No trabalho, o sentimento se segurança aumenta, 59%, porém nas escolas cai para 50% aqueles que responderam que se sentem seguros. Ao trafegarem em veículos particulares, 56% se sentem mais seguros do que no transporte público, onde 74% responderam ter mais insegurança. Nas estradas, tem um alto grau de insegurança, 73%.
Adeus às noitadas
Uma elevada percentagem dos entrevistados admitiu que, por medo de serem vítimas de criminosos, pararam de sair à noite (64%), visitar parentes e amigos (53%), pegar um táxi, o uso de jóias e até mesmo levar dinheiro.Para a mesma pergunta, 61% disseram que parou de usar jóias, 50% pararam de fazer uso de ônibus de transporte público, enquanto 63% acham que não é prudente levar dinheiro.
Com relação às medidas tomadas em coletivo, cerca de 19% decidiu pagar segurança privada, enquanto outro percentual, para limitar o tráfego de veículos e pessoas nas ruas de seu bairro ou colônia de acesso.
A pesquisa foi feita pela empresa Borge Y Asociados com uma mostra de 840 pessoas com uma margem de erro de 3,4% para mais ou para menos e com uma segurança de 95%. O comissário Ramon Custodio informou que a pesquisa tem como objetivo informações estratégicas a partir das vítimas, através de rigorosa investigação sobre a violência social e insegurança, a fim de formular propostas de políticas públicas. Indicou como ‘cifra negra’, que é o número e os tipos de crimes cometidos contra o povo de todas as comunidades, mas tornar-se invisível e insensível à provação porque não foi divulgado.
Custódio afirma que não espera resultados das tentativas anteriores feitas por parte do Estado e da sociedade, devido à fragmentação do esforço ou porque o assunto é discutido pelo lado punitivo e não na prevenção e no controle, que normalmente são exigidos de uma polícia profissional e limpa, que não esteja a serviço do crime organizado e cartéis de drogas. Disse ainda que a insegurança é a principal causa de ansiedade e medo entre os hondurenhos, o que faz com que este seja o tema da campanha em quase todos os candidatos a qualquer cargo eletivo.
Disse que o crime é um dos problemas sociais que mais afetam a sociedade hondurenha que diariamente estão à mostra. Afirmou que a violência em Honduras é uma "epidemia", o que é parte da falta de saúde, porque agora não só se está com uma doença, mas vivendo sob violência o que adoece as pessoas.
Fonte: Adital