Egito: Confrontos provocam 30 mortos e centenas de feridos
Choques sangrentos entre dezenas de milhares de opositores e partidários do destituído presidente do Egito, Mohamad Mursi, em todo o país árabe, deixaram 30 mortos e 318 feridos.
Publicado 06/07/2013 05:54
Os enfrentamentos registrados na sexta-feira na cidade de Alexandria entre os manifestantes pró-Mursi e seus rivais deixaram 12 mortos e 200 pessoas feridas.
A violência explodiu entre os partidários de Mursi e as forças de segurança na cidade do Cairo, capital do país, onde várias pessoas perderam a vida e muitas outras ficaram feridas .
Também no Cairo, a extrema tensão provocou que os partidários e os opositores de Mursi se enfrentassem com pedras e fogos de artifício em uma ponte perto da praça Tahrir.
Em Arish, a capital do Sinai do Norte, também cinco policiais morreram em um ataque de homens armados desconhecidos .
Na cidade de Asyut, ao sul, pelo menos uma pessoa morreu pela gravidade dos ferimentos sofridos durante um tiroteio.
Contudo, o Exército egípcio restabeleceu a ordem Cairo e em algumas outras cidades do país.
Nas primeiras horas da sexta-feira, o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamad Badie, afirmou que a destituição de Mursi, primeiro mandatário eleito democraticamente na história do país, é ilegal e milhões de manifestantes permanecerão nas ruas "até que o presidente seja reintegrado a suas funções".
Badie, em suas declarações diante de dezenas de milhares de seguidores da Irmandade d Muçulmana reunidos na mesquita de Rabia al-Adawiya, no Cairo, prometeu “completar a revolução que derrocou o ex-ditador do país, Hosni Mubarak, em 2011”.
Na última quarta-feira (3), o Exército egípcio destituiu o primeiro presidente eleito depois da queda da ditadura, Mohamad Mursi, depois de apenas um ano no poder, e nomeou o presidente do Tribunal Constitucional Supremo do país, Adli Mansur, novo mandatário interino.
Por sua parte, o ministro da Defesa nomeado por Mursi, o general Abdel Fatah al-Sisi, anunciou a suspensão temporária da Constituição e informou que Mansur convocaria eleições legislativas e presidenciais antecipadas de acordo com o chamado roteiro acordado entre o Exército e as forças do país, como um passo para superar a crise política que vive a nação árabe.
Hispan TV