Vladímir Pútin debate sistema de defesa com organismo russo

Pútin, em sua condição de comandante-chefe das Forças Armadas russas reiterou que constitui uma prioridade da política de Estado assegurar uma capacidade de defesa confiável para o país.

Recentemente, o presidente ratificou que até 2020 os armamentos modernos constituirão 70% do arsenal das tropas do país, ideia que tem reiterado desde a Reunião Internacional de Segurança realizada em Munique, Alemanha, em 2007.

Naquela ocasião, Pútin advertiu, em termos pouco diplomáticos, que Moscou reagiria com um forte rearmamento à instalação do escudo antimísseis estadunidense na Europa e á contínua expansão da Otan no rumo das fronteiras russas.

De acordo com seu ponto de vista, Pútin considera que "infelizmente o mundo contemporâneo está longe de um desenvolvimento seguro e tranquilo, e aos velhos conflitos foram adicionados outros não menos complexos", segundo resumiu a agência de notícias Itar-Tass.

Durante sua intervenção na Praça Vermelha, na abertura do desfile comemorativo ao Dia da Vitória em 9 de maio passado, o estadista recordou o período de instabilidade que o planeta atravessa em várias regiões.

"Nós temos o dever de estarmos preparados em todos os momentos para defender o país e os cidadãos, sermos capazes de prognosticar uma situação a longo prazo e em correspondência desenvolver nossa capacidade militar", agregou Pútin.

Os comandos militares insistem que, para cumprir esses objetivos, é preciso renovar até 2020 os principais tipos de armamentos, e para isso foi incrementado de maneira substancial o orçamento dedicado à defesa do país.

O sistema de defesa da Rússia inclui as Forças Armadas, outras tropas, formações militares e agências designadas a complementar as tarefas de segurança com métodos militares, ao que se somam centros de investigação e produção.

Na quinta-feira (4), o general de Exército e ministro da Defesa, Serguei Choigú, afirmou que sua pasta desenvolve uma verdadeira "caça de cérebros" entre jovens próximos a se formarem em especialidades que compreendem a ciência da tecnologia a informação.

Esses profissionais serão convidados a prestar o serviço militar nas companhias especializadas em investigações que serão criadas nas Forças Armadas, declarou em uma reunião com reitores e líderes das mais importantes universidades e institutos da Federação Russa.

"Trata-se de uma caça de talentos no bom sentido da palavra, porque no próximo quinquenio e no futuro as Forças Armadas necessitarão de um grande acúmulo de softwares", concluiu o ministro da Defesa.

Fonte: Prensa Latina