Movimentos preparam Jornada Nacional de Luta da juventude
Os movimentos sociais que integram a Jornada Nacional de Luta da Juventude Brasileira se reuniram para planejar e discutir as próximas ações. O encontro, que ocorreu na quinta-feira (4) na sede das entidades estudantis, em São Paulo (SP), tem como objetivo intensifcar a pressão das ruas por mais ações para a área urbana, para a Educação, mercado de trabalho, pelo fim do extermínio da juventude, principalmente os negros e negras, entre outras.
Publicado 05/07/2013 15:09
A Jornada Nacional de Lutas unificada foi organizada durante todo o ano pelas entidades estudantis e movimentos sociais. Em 2012, as marchas da Jornada foram realizadas em 22 capitais e várias cidades do interior do Brasil.
“Fundamental neste momento é não permitir que a juventude saia das ruas e que as manifestações prossigam com um caráter progressista. A hora é de pressionar e levar para as ruas as nossas pautas em defesa do passe livre estudantil, o combate à homofobia, o fim do financiamento privado de campanha com uma reforma política, a democratização dos meios de comunicação e os 10% do PIB para educação”, convoca a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros (Vic).
A presidenta da UNE destaca ainda a necessidade da unidade dos movimentos e de um debate de qualidade em torno de uma maior participação política da população. “Essa luta da reforma política não será ganha sem a participação maciça dos movimentos sociais”, destacou.
Os representantes dos movimentos destacaram ainda outras pautas que interferem diretamente na vida dos jovens, como a luta contra a redução da maioridade penal e a possibilidade de levarem essa pauta para a Jornada Mundial da Juventude. Os movimentos sociais terão participação no evento internacional promovido pela Igreja Católica e marcado para os dias 23 a 28 de julho no Rio de Janeiro.
“Mais participação política além das eleições, melhoria dos serviços públicos em geral e a democratização da mídia são os assuntos que resumem as nossas principais bandeiras”, avaliou Léa Marques, da Secretaria Nacional de Juventude da Central Única dos Trabalhadores.
Participaram da reunião integrantes da Ubes, ANPG, CUT, Fora do Eixo, Levante Popular da Juventude, UJS, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Rede Ecumênica de Juventude (Reju). O próximo encontro dos movimentos será no dia 11/07 na marcha do Dia Nacional de Luta das Centrais.
Marcha das centrais
Um dos encaminhamentos da reunião foi a participação massiva dos movimentos de juventude em todo os Brasil no Dia de Luta das Centrais, convocado pelos trabalhadores para o próximo dia 11 de julho, com mobilizações, paralisações e greves. Os atos estão sendo programados separadamente pelas centrais, que estão se reunindo para definir a agenda completa do dia. As principais reivindicações são a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, suspensão imediata dos leilões do petróleo, 10% do PIB para educação, transporte público de qualidade, reajuste digno para os aposentados entre outras.
Em São Paulo, as centrais unidas – Força Sindical, CUT, CTB, UGT e Nova Central – e diversos outros movimentos sociais pretendem mobilizar passeatas nas principais rodovias do Estado, vias das marginais e a Avenida Paulista. O Metrô deve parar por algumas horas. Funcionários dos portos também devem cruzar os braços.
Fonte: Site da UNE