Chefe do Parlamento europeu repudia restrição a Morales
O presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, afirmou nesta sexta-feira (5) que o tratamento dado ao chefe de Estado da Bolívia, Evo Morales, cujo avião esteve retido em Viena por mais de 13 horas, "foi ridículo e inaceitável".
Publicado 05/07/2013 10:48
Schulz, que discursou nesta sexta em Madri no Fórum Nova Economia, afirmou que seria preciso "comprovar, quem deu as ordens" para uma ação desse tipo e advertiu que os europeus "não podem deixar de respeitar as regras do direito internacional".
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Em seu discurso o presidente do PE também falou sobre Snowden e sua influência nas relações entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos. Segundo Schulz, os serviços secretos "são necessários" para se ter uma "ordem pública forte e sólida, que signifique uma boa proteção para os cidadãos".
"Agora, o que não sabia era que o escritório do Parlamento Europeu em Washington era um lugar onde se planejavam atentados terroristas", afirmou em referência à atitude americana. "Por isso me pergunto por que nos trataram como uma força hostil", com ações típicas da "Guerra Fria". "Necessitamos que os EUA nos digam e nos justifiquem por que fizeram isso".
Quanto a Snowden, disse Schulz, "ele está nos colocando em uma situação difícil: os americanos são nossos amigos e espero que continuem nos considerando como tais, assim como acreditamos que são amigos nossos". "Mas temos que ser honestos. Eles querem que capturemos um homem que violou as regras, mas o fato é que com seus atos, Snowden nos revelou que os EUA também não seguiram as regras conosco", afirmou o presidente da Eurocâmara.
Com informações da Efe